Depois de liderar o placar durante boa parte do jogo, o Figueirense cedeu o empate por 2 a 2 para o Brasiliense neste domingo, no Estádio Orlando Scarpelli, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Com o resultado, o Figueirense perdeu a chance de garantir a sua segunda vitória seguida no Brasileiro e segue na zona de rebaixamento com 19 pontos. O Brasiliense, que agora está há oito rodadas sem vencer, figura com 22 pontos na 17ª colocação.

Na partida deste domingo, Adriano abriu o placar aos 28 do primeiro tempo e Iranildo deixou tudo igual para o Jacaré aos 34. Três minutos depois, Michel Bastos marcou o segundo do Figueira e colocou a equipe da casa novamente na frente. Na etapa final, Óseas fez o segundo do time do Distrito Federal aos 37 minutos e decretou o placar no Orlando Scarpelli.

Segundo o técnico alvinegro, Zé Mário, o time jogou bem no primeiro tempo, mas na etapa final o Brasiliense se saiu melhor:

– No segundo tempo, a gente deu uma caída, o adversário começou a pressionar, fomos recuando e acabamos com um empate – disse o treinador, que ainda afirmou que o time ganhou um ponto, em vez de ter perdido dois, com o empate deste domingo.

Para o atacante Edmundo, o placar da partida não pode ser comemorado:

– Esse resultado acaba tendo um sabor de derrota. Agora temos que pensar em tirar essa diferença contra o Santos – declarou o jogador.

Lutando para sair da zona de descenso da tabela, o Figueirense volta a campo contra o Santos no próximo domingo, na Vila Belmiro. Já o Jacaré recebe a Ponte Preta no sábado.

No primeiro tempo, a superioridade foi alvinegra. O time mostrou paciência e muita habilidade para chegar aos dois gols. O Brasiliense, que não contou com Marcelinho Carioca – vetado na última hora pelo departamento médico –assustou com alguns lances na primeira parte da etapa inicial, mas depois a equipe do Distrito Federal parou no gramado.

O primeiro lance concreto de gol aconteceu aos 19 minutos. Iranildo bateu o escanteio, Édson Bastos não segurou e Márcio Martins salvou o chute em cima da linha.

O primeiro gol da partida teve origem com um passe milimétrico de Edmundo, aos 27 minutos. O craque, que ficou três rodadas afastado do gramado para se recuperar de uma lesão, buscou a bola no meio e tocou na medida para Adriano. O atacante foi mais rápido que os dois zagueiros e chutou certeiro para dentro da rede de Eduardo.

Este foi o terceiro gol de Adriano na Série A. O jogador desencantou com a camisa alvinegra na vitória contra o São Paulo por 3 a 1 com dois gols marcados.

Um pouco depois, quase que Edmundo marcou o seu. Ele segurou a bola na área do Jacaré, fintou bonito mas, em vez de tocar para Adriano, livre, preferiu chutar fraco, deixando fácil para Eduardo.

Aos 34, o Brasiliense aproveitou para empatar a partida. Em uma bobeira da saída de bola do Figueira, Iranildo dominou e bateu sem chance para Édson Bastos.

Com um gol do lateral-esquerdo Michel Bastos três minutos depois, o time da casa voltou a liderar o placar. O artilheiro do alvinegro no Brasileiro recebeu um toque de letra do meia Fernandes, dominou com a sola da chuteira na pequena área e balançou novamente a rede para o Furacão: 2 a 1. Foi o nono gol de Michel Bastos na competição. 

Na etapa final, o Figueirense deu mais espaço para o Brasiliense, que criou ótimas chances de empatar a partida, duas delas com Oséas. Na primeira, logo aos dois minutos, o atacante cabeceou por cima da trave de Édson Bastos. Na segunda oportunidade, aos quatro minutos, Oséas bateu cruzado, Alex Oliveira ficou com a sobra na pequena área e Cléber tirou na linha.

O Figueirense teve uma grande chance aos 18, após bela troca de passes entre Michel Bastos, Edmundo e Adriano. Fernandes finalizou com um cabeceio por cima da trave de Eduardo. No lance seguinte, o Brasiliense respondeu com um chute perigoso de Vampeta.

Mas o domínio seguiu com o Brasiliense, que conseguiu empatar aos 37 minutos. Depois de uma cobrança de falta de Tiano pela esquerda, a bola bateu no chão, Édson Bastos não segurou e Oséas, na pequena área, igualou tudo para o Jacaré.

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ANA LETÍCIA DA ROSA