O presidente da Comissão Parlamentar mista de Inquérito (CPI) dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), entrará com ofício para ter acesso aos depoimentos do empresário Marcos Valério e do tesoureiro licenciado do PT, Delúbio Soares, à Procuradoria Geral da República.

Ambos compareceram espontaneamente à Procuradoria.

– Provavelmente serão informações importantes para comparar com o que já foi dito e investigado e para ajudar na oitiva de Delúbio Soares – disse o senador após o encontro.

O depoimento de Delúbio à CPI será realizado na próxima quarta-feira, às 10h.

Delcídio Amaral se reuniu hoje com o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, para saber sobre os depoimentos. Ontem, Marcos Valério propôs ao procurador ser beneficiado com a "delação premiada" – direito legal que prevê a colaboração do acusado com a Justiça em troca da redução da pena – para falar tudo o que sabe, mas teve o pedido negado. De acordo com a assessoria de imprensa da PGR, Antonio Fernando afirmou que não aceitou porque é um pedido prematuro.

Delcídio contou que o procurador disse a ele que os depoimentos "não apresentaram nenhum nome ou citaram partidos, mas procuraram justificar as operações de Valério e Delúbio ao longo de 2003 e 2004". Delcídio Amaral afirmou ainda que, no depoimento, Marcos Valério falou sobre "operações de empréstimo que foram feitas sob a orientação de Delúbio". O senador não deu maiores detalhes sobre essas informações.

As informações são da Agência Brasil.