O Ministério Público Federal pode pedir ajuda à Justiça americana e também à italiana nas investigações sobre sonegação fiscal feita pela boutique Daslu. De acordo com o procurador da República Mateus Baraldi Magnani, pode ser pedido que fornecedores de marcas de luxo, vendidas na loja, mandem documentos sobre os negócios feitos com a Daslu. Nos Estados Unidos, o Ministério Público também deve investigar a importadora que enviava as mercadorias para o Brasil.

A Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público investigam os crimes de sonegação fiscal, descaminho (importação fraudulenta de mercadorias) e falsidade material. Hoje, foram presos os sócios da Daslu, Eliana Tranchesi e o irmão dela Antonio Carlos Piva de Albuquerque, e o contador Celso Lima, sócio de uma importadora que vendia para a Daslu. A polícia ainda deve cumprir um quarto mandado de prisão. O nome da pessoa não foi divulgado.

– Foi um golpe contra o crime organizado. A operação de hoje foi muito importante para desmantelar uma quadrilha de sonegadores – afirmou o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, José Ivan Lobato.

As investigações duraram cerca de 10 meses e a operação de apreensão de documentos, ocorrida nesta quarta, pode ter sido apressada por conta da destruição de provas. Há indícios de que os administradores da Daslu destruíam parte dos documentos e notas fiscais que comprovam a fraude fiscal.

As informações são da agência O Globo.