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 | 13/07/2005 11h10min

Procurador diz que Daslu usava laranjas e fantasmas para importar

Operação Narciso fez blitz na sede da empresa e em importadora em Maringá

O procurador da República em Guarulhos, Mateus Manhoni, afirmou que há indícios de que a Daslu usava "laranjas" na importação de produtos, para subfaturar e sonegar impostos. Segundo ele, as investigações começaram há cerca de 10 meses. A empresária Eliana Tranchesi, dona da loja Daslu, está com prisão preventiva decretada e foi detida pela Polícia Federal nesta manhã.

Segundo Manhoni, investigações apontam que há indícios de importação fraudulenta feita por empresas declaradas inaptas pela Receita Federal, pois não existiam de fato, tendo apenas um endereço sem existência concreta.

– Eram empresas fictícias. Uma importação era feita por uma empresa laranja nos Estados Unidos, através de uma empresa laranja no Brasil, que depois revendia todo o produto da importação à Daslu. Uma das empresas, por exemplo, gerava prejuízo todos os meses –  afirmou o procurador.

Em Maringá, no Paraná, policiais realizaram buscas e apreensões em uma importadora, em ação que faz parte da Operação Narciso. A empresa era responsável por importações de produtos para a loja Daslu, na capital paulista.

No início da manhã de hoje, a Receita Federal invadiu e apreendeu documentos na sede da empresa em São Paulo. Segundo o procurador Manhonie, estão sendo cumpridos hoje 40 mandados de prisão em São Paulo e sete em outros estados.

As informações são da Agência O Globo.


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