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 | 24/06/2005 22h11min

Corretora seria responsável por mensalão para PP

Parte dos recursos viram de operações financeiras com títulos públicos

Segundo informações divulgadas na noite de hoje, no site do jornal O Globo, a corretora Bônus/Banval, no bairro Itaim Bibi, em São Paulo, seria a responsável por pôr em prática suposto esquema usado pelo deputado José Janene (PR), líder do PP, para arrecadar dinheiro para o mensalão – a mesada que estaria sendo paga aos parlamentares do partido.

De acordo com o Globo Online, parte dos recursos teria sido retirada das operações financeiras, com títulos públicos, na carteira de fundos de pensão de algumas estatais. Os títulos são vendidos com deságio para uma empresa laranja, que os revende no mesmo dia pelo seu valor real e se apropria do lucro da operação. O fundo de pensão tem seu patrimônio dilapidado e a diferença vai parar no caixa do mensalão. A operação seria realizada por meio da Bonus/Banval.

Parte do lucro da operação era depositada diretamente no Exterior, por meio de envio feito pelo doleiro Alberto Yossef, que foi preso e cumpre pena em liberdade por remessa ilegal de recursos. Passavam pela corretora entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões por mês. Yossef recebia uma comissão de 0,8%. O destino de parte do dinheiro seria bancos na Alemanha e em Israel.

A outra parte teria sido distribuída em Brasília pelo chefe de gabinete de Janene, João Cláudio Carvalho Genu. O PP nomeou diretores na Petrobras, em Furnas, no Instituto de Resseguros do Brasil e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tem ainda apadrinhados em outras estatais.

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