| 15/06/2005 21h38min
A defesa escrita do presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), entregue nesta quarta, dia 15, ao Conselho de Ética da Câmara qualifica o processo de cassação, proposto pelo PL, de leviano e abusivo.
– A representação (do PL) se revela inepta, incapaz de atingir sua declarada finalidade absoluta e completamente improcedente, sendo indisfarçável seu caráter meramente intimidatório – diz a defesa.
Segundo os advogados de Jefferson, o PL deveria entrar com um processo no Supremo Tribunal Federal para questionar se houve crime contra a honra de parlamentares, como argumenta o partido na representação entregue ao Conselho de Ética da Câmara contra Jefferson. O deputado do PTB acusou o PL e PP de receberem mesadas de R$ 30 mil do PT, entregues pelo tesoureiro, Delúbio Soares, com consentimento do presidente José Genoino e do secretário-geral, Silvio Pereira.
Na defesa, Jefferson afirma ter exercido de maneira regular e franca a "defesa da ética e do interesse público, zelando pelo prestígio e a valoração das instituições democráticas e prerrogativas do Poder Legislativo". Os advogados dizem ainda que a iniciativa é leviana e ofensiva à imagem de Roberto Jefferson e da Câmara dos Deputados.
O documento entregue ao Conselho pede que sejam tomados os depoimentos dos presidentes do PP, Pedro Corrêa (PE), e do PL, Valdemar Costa Neto, além dos líderes do PL, Sandro Mabel (GO), e do PP, José Janene (PR). Os ministros José Dirceu (Casa Civil), Ciro Gomes (Integração Nacional) e o petebista Walfrido dos Mares Guia (Turismo) também constam da lista. Requisita-se ainda ao Banco Central averiguação de saques bancários, em dinheiro, do Banco do Brasil e do Banco Rural, superiores a R$ 100 mil no período entre março de 2004 e junho de 2005.
As informações são da agência Reuters.