| 10/06/2005 22h19min
A Justiça tentará promover a conciliação entre Doralice Oliveira, mãe do meia Anderson, do Grêmio, e o empresário Sérgio Leismann, procurador do jogador. Nesta sexta, dia 10, Daltoé Cezar, juiz titular da 2ª Vara da Infância e da Juventude, convocou os dois para uma audiência na próxima segunda, dia 13, no Fórum de Porto Alegre. O presidente do Grêmio, Paulo Odone, e os advogados das duas partes também foram convidados.
A desavença entre Doralice e Leismann é um dos maiores entraves para a negociação de Anderson, que interessa a clubes portugueses e italianos. Na última quinta, dia 9, o Grêmio havia recusado a proposta do grupo português Gestifute, que ofereceu 5 milhões de euros por 70% dos direitos federativos do jogador. Nesta sexta, porém, o presidente do Grêmio voltou atrás e disse que só espera por uma conciliação entre as partes para retomar as negociações com os portugueses.
– Minha posição é a mesma nos últimos dois meses. Esse negócio só sai se for pacificamente. Senão, ninguém leva o jogador – disse Paulo Odone, elogiando a proposta de conciliação feita pelo Juizado da Infância e da Juventude.
A desavença ente Doralice e Leismann teve início em março. Na época, a mão de Anderson disse que Leismann havia retirado o jogador de 17 anos de casa, colocando-o em um hotel. Representada pelos advogados Décio Neuhaus, Mariju Maciel e Milene Bassoa, Doralice obteve, dia 3, liminar da 2ª Vara da Infância e da Juventude impedindo Leismann de representar o jogador em qualquer negociação.
Na última quinta, os advogados de Leismann, Cláudio Baethgen e Carlos Alberto Bencke (também presidente da comissão de ética do Grêmio), ingressaram com agravo de instrumento na 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, tentando suspender os efeitos da liminar. Relator do processo, o desembargador Rui Portanova ainda não definiu o prazo para julgamento do recurso interposto por Leismann.
Com informações de Zero Hora.