| 09/06/2005 20h50min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu, nesta quinta, dia 9, em reduzir o número de edições de medidas provisórias encaminhadas ao Congresso para aliviar o trabalho dos deputados e senadores por causa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios. Lula se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti.
O presidente admitiu, segundo Renan, negociar com os deputados a transformação de algumas medidas provisórias em projetos de lei. Na Câmara, são seis MPs mais dois projetos de lei com urgência constitucional que obstruem a pauta de votações.
Durante o encontro, encerrado nesta noite, Lula pediu para que as votações não sejam interrompidas por causa das investigações sobre as denúncias de corrupção.
– O presidente manifestou que considera importante neste momento o Senado e a Câmara desenvolverem votações importantes e demonstrar uma situação de normalidade – afirmou Renan.
Lula também pediu prioridade à reforma política. Na véspera, ele havia sugerido ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a elaboração de uma proposta em 45 dias, mas na reunião foi informado que um projeto já havia sido aprovado no Senado e que estaria na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
– O presidente disse que quer participar das discussões e pediu que fosse marcado outras reuniões para discutir especificamente a reforma política – afirmou Renan.
O desconhecimento de Lula sobre a proposta de reforma política foi mal recebida pelos congressistas. Lula recebeu Renan e Severino no Palácio do Planalto por uma hora, para discutir a retomada de uma agenda de votações para o Congresso. O presidente do Senado informou que ele e Severino vão se encontrar novamente com Lula na segunda para dar continuidade às discussões de uma "agenda positiva" ao Congresso.
As informações são da agência Reuters.