O ex-diretor dos Correios Antônio Osório Batista, envolvido no suposto esquema de corrupção da estatal, também isentou o presidente do PTB, Roberto Jefferson, de participação na cobrança de propina. Ele prestou depoimento nesta quarta, dia 25, na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília.

Batista disse que Jefferson nunca pediu propina a ele nem a ninguém nos Correios. Na véspera, seu subordinado, Maurício Marinho, afirmou que agia em benefício próprio. Batista é membro do PTB e foi indicado pelo partido para a diretoria de Administração dos Correios, da qual está afastado desde a divulgação do caso na semana passada.

O depoimento do ex-diretor, que não foi indiciado, durou quatro horas. Batista solicitou ao delegado Luiz Flavio Zampronha a quebra de seus sigilos fiscal e bancário. Ele fez elogios a Marinho, ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios e seu subordinado, afirmando que ele "é um excelente profissional e muito competente" e por isso não tinha porque desconfiar de sua atuação.

A denúncia veio a público na revista Veja da semana passada, que divulgou o conteúdo de uma gravação em que Marinho combina pagamento de propina com representantes de uma empresa na sede dos Correios. Na conversa, Marinho recebe R$ 3 mil e afirma que agia em nome de Roberto Jefferson. Na terça-feira, ele afirmou que a citação ao deputado foi apenas "uma bravata".

As informações são da agência Reuters.