| 18/05/2005 07h53min
O escândalo de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) pode trazer mais preocupações ao governo federal. A edição desta quarta, dia 18, do jornal Folha de São Paulo revela um trecho inédito da gravação que revelou o esquema de pagamento de propina. A empresa de um amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaria das negociações.
A gravação mostra o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material, Maurício Marinho, sugerindo que a empresa de informática Novadata, de propriedade de Mauro Dutra, teria pago contrato para reajustar o valor a receber dos Correios. Marinho fez a insinuação quando falava sobre indexadores setoriais para reajustar contratos de fornecimento e prestação de serviços.
– A Novadata teve um desentendimento com os Correios. Atravessar o samba, um monte de gente. Quando ela pegou os lotes 3 e 4, se não me falha a memória, na planilha de custos o dólar era R$ 3,28, mas na data da entrega tava R$ 3,68 – revela.
O empresário Mauro Dutra envolveu-se em 2004 num escândalo que resultou na abertura de um inquérito pelo Ministério Público. Uma ONG comandada por ele, a Ágora, foi acusada de desviar R$ 900 mil do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Por meio de sua assessoria, a Novadata afirmou que participou de negociações para reajustar o valor devido à disparada do dólar na época, porém negou qualquer irregularidade.
Com informações do Globo Online.