| 11/03/2005 17h52min
Os produtores de soja convencional do Rio Grande do Sul podem garantir a não-transgenia dos grãos por meio de testes laboratoriais realizados pelo setor de classificação e certificação da Emater/RS-Ascar. O serviço está sendo divulgado na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, e pode ser utilizado também pelos produtores de grãos modificados geneticamente.
– Esse teste é mais procurado por sojicultores que querem se diferenciar no mercado ou que produzem subprodutos, como leite ou queijo de soja, buscando garantir aos consumidores a produção do grão convencional – destaca o técnico Vilmar Gomes, da unidade de classificação de Passo Fundo. Na Expodireto a Emater/RS-Ascar também está divulgando a certificação da erva-mate.
Na feira são realizados testes demonstrativos para informar aos produtores que o serviço está disponível em todos escritórios da Instituição no Estado. A coleta dos grãos é realizada nas propriedades ou cooperativas e os testes realizados no laboratório, em Porto Alegre. Os produtores recebem um documento contendo o resultado.
Duas indústrias ervateiras já conquistaram o selo de qualidade certificada da Emater/RS-Ascar. Outras 12 estão em processo de auditoria. A certificação é aferida a empresas que cumprem um protocolo de 180 itens e que busca garantir a adoção de práticas de produção corretas e a qualidade do produto final.
– Ao consumir uma erva-mate com o selo da Emater/RS-Ascar, o consumidor pode ter certeza que o processo de produção, desde a lavoura até a embalagem, observou rígidas regras sanitárias e de higiene – afirma o técnico Waldir Machado, da unidade de classificação e certificação de Erechim. As empresas que já receberam o certificado exibem um selo na embalagem dos produtos.
Machado explica as práticas observadas na cultura, como a adubação, o uso de produtos químicos e a preocupação com a preservação do meio-ambiente. Na colheita, observam-se os cuidados com a qualidade da matéria-prima, o ponto de colheita e as práticas que evitem a contaminação da erva-mate. O transporte é avaliado quanto às condições de higiene e de armazenamento. O mesmo ocorre na recepção da matéria-prima na unidade de produção. Na secagem e no beneficiamento, a higiene é um ponto fundamental, assim como a análise da presença de resíduos químicos. A embalagem e a expedição encerram o processo de produção. Em todos os pontos é preciso garantir a rastreabilidade.
O certificado é emitido pela Emater/RS-Ascar, pela Universidade Regional Integrada – Campus de Erechim (URI) e pelo Sindicato das Indústrias do Mate no RS (Sindimate) e Associação dos Proprietários das Indústrias na Produção do Mate do Alto Uruguai (Indumate).
As informações são da Emater/RS.