Em agosto de 2004, a taxa de desocupação na Região Metropolitana de Porto Alegre registrou leve retração em relação ao mês anterior, passando de 8,9% para 8,5%. Desde abril, quando a chegou a 10,7%, o percentual de desocupados em relação a população economicamente ativa apresenta queda gradual.

Os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta, dia 23, mostraram que a contração foi mais significativa em relação ao mesmo período do ano passado quando a taxa era 9,8%. O número de ocupados, estimado em 1.630 mil, apresentou variação negativa (-0,4%) em relação ao mês anterior e positiva (1,8%) na comparação com agosto de 2003, porém estas variações não foram estatisticamente significativas, segundo o IBGE.

Além de Porto Alegre, os dados de Salvador, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo também são analisados pela pesquisa. Na média das seis regiões metropolitanas investigadas pela PME, a taxa de desocupação de agosto foi de 11,4%. No mês anterior, a variação havia sido de 11,2%. Em relação a agosto de 2003 (13%), houve queda estatisticamente significativa (1,6 ponto percentual). O rendimento médio da população ocupada (R$ 893,10) caiu 1,4% em relação a julho e 0,9% em relação a agosto do ano passado.

Na região metropolitana de Porto Alegre, foram 151 mil pessoas desocupadas que estavam procurando trabalho em agosto de 2004. Ante o mês de julho, a queda foi de 5,5%. Na comparação anual constatou-se queda de 13,3%.

O rendimento médio real na capital gaúcha em agosto (R$ 901,00) registrou perda quando comparado com o rendimento do mês anterior (-1,2%) e pequeno ganho na comparação com o mês do ano anterior (0,5%).

Sobre os resultados da região metropolitana de Porto Alegre, tiveram impacto o setor de Construção com queda de 4% na comparação com julho de 2004. Já o Comércio, de julho a agosto de 2004, a ocupação variou 4,0% e de agosto de 2003 a agosto de 2004 variou -2,3%. Nos serviços domésticos verificou-se elevação ocupação neste grupamento de atividade (17,4%) no confronto com agosto de 2003.