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Faltavam uns 15 minutos para o fim do jogo de domingo, o placar mostrava 1 a 1, e a torcida do Figueirense já se acostumava com mais uma partida sem vitória (que seria a nona seguida). Àquela altura, a esperança de um gol era depositada nas costas dos atacantes, André e Izaías, ou dos artilheiros eventuais, como Paulo Sérgio e Márcio Goiano. Mas foi o zagueirão Cléber quem fez a festa da galera alvinegra.
O goleiro Felipe, do Vitória, espalmou uma cobrança de falta de Paulo Sérgio para a entrada da área. Um trio de jogadores rubro-negros protegia da bola, mas o camisa 4 impôs sua massa de 89kg, acionada por um corpanzil de 1m82cm de altura, e se materializou acima dos baianos, empurrando a pelota para a rede.
Não foi a única ocasião em que Cléber usou o tamanho "king size" em benefício próprio. Além das divididas com os atacantes adversários, o jogador aproveita a presença física nas arrancadas pela intermediária, que incendeiam a arquibancada do Orlando Scarpelli. E credita grande parte da empatia com a torcida a seu porte colossal.
– Por causa do meu corpo avantajado, as pessoas acham que eu vou ser driblado facilmente, ou então que eu não vou conseguir fazer as jogadas. Então eu uso isso nas partidas, quando dou minhas arrancadas, porque sei que vai criar uma motivação na torcida – disse.
O gol marcado no fim de semana foi apenas o primeiro no Campeonato Brasileiro. Mas mesmo sem a obrigação de estufar as redes às quartas-feiras e domingos por força do ofício, o zagueirão já se sentia pressionado pelo jejum. Por quem? Ele mesmo. O que, convenhamos, já é pressão suficiente.
– Em todo Campeonato Brasileiro, eu marco meu gol. Então já estava colocando essa pressão em mim, de buscar um gol. Fico ainda mais contente por ter sido um gol que ajudou muito a nossa equipe – afirmou.
As informações são do Diário Catarinense.