| 02/07/2001 14h38min
A instalação de corredores sanitários para a entrada de animais vivos e carne com osso gaúchos em Santa Catarina não têm data. Um detalhe formal impede hoje que o governo catarinense aceite montar os corredores. A afirmação é do diretor técnico da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Mauro Kazmierczak. O diretor técnico do órgão cobra relatórios semanais sobre a delimitação dos focos de febre aftosa e sacrifício de animais em solo gaúcho do Ministério da Agricultura, que não teriam sendo enviados. Nesta segunda-feira, a Federação da Agricultura gaúcha (Farsul) deve se reunir em Porto Alegre com o ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, para negociar a instalação dos corredores. Kazmierczak lembra também que os vizinhos estão com a condição de infectados de aftosa. Santa Catarina mantém o certificado nacional de zona livre sem vacinação. Desde a semana passada, o Estado abriu a divisa norte para a entrada de carcaças com osso e animais vivos do Circuto Pecuário Centro-Oeste. As cargas precisam ter autorização prévia para ingressar por quatro barreiras sanitárias. Neste domingo, o serviço de vigilância catarinense apreendeu em Ponte Serrada, na BR-282, 20 bovinos e 12 toneladas de carne resfriada com osso que estavam sendo transportados ilegalmente em dois caminhões oriundos do Paraná. Os animais foram sacrificados e transformados em farinha de carne junto com as carcaças. O diretor técnico da Cidasc diz que os fiscais já suspeitavam do transporte. Os caminhões teriam batedores e monitoramento à distância por celular. O destino seria Herval Velho, dentro de Santa Catarina. A origem, a cidade paranaense de Foz do Jordão.