| 29/05/2001 09h07min
O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann, afirmou nesta terça-feira que o território gaúcho pode ter o status de zona livre de aftosa com vacinação em setembro se conseguir eliminar os focos da doença. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Hoffmann destacou que essa informação foi garantida pelo presidente da Organização Internacional de Epizootias (OIE), Romano Marabelli. A delegação gaúcha teve um encontro nesta terça-feira com Marabelli para expor a situação sanitária do rebanho bovino e pedir informações sobre os procedimentos técnicos recomendados nos casos de febre aftosa. Hoffmann afirmou que o presidente da OIE não fez restrições quanto a decisão do governo gaúcho em sacrificar apenas os animais contaminados. Segundo o secretário gaúcho, o Brasil ainda mantém credibilidade junto à entidade, pois a aftosa está restrita ao Rio Grande do Sul. Hoffmann ressaltou que Marabelli colocou dois fatores determinantes para manter os mercados mundiais da carne: rapidez na eliminação da doença no território gaúcho e que a aftosa não ultrapasse a fronteira para Santa Catarina. Para Hoffmann, essa visão do Rio Grande do Sul servir com escudo de defesa do rebanho brasileiro credencia o território gaúcho a ter a solidariedade do governo federal e de outros Estados. Marabelli informou que o pedido pode ser encaminhado na próxima reunião sobre febre aftosa, de 15 a 17 de setembro, em Paris. Antes de ser encaminhado à OIE, o pedido terá quer ser aprovado no Brasil, pelo governo federal. Os técnicos do Ministério da Agricultura consideram impossível que o Estado fique livre da aftosa a tempo de enviar a solicitação para a próxima reunião da comissão. O delegado do Brasil na OIE, Paulo Lourenço da Silva, diz que o Rio Grande do Sul só terá direito de recuperar a condição de zona livre de aftosa com vacinação depois que seguir as normas internacionais, entre elas o sacrifício de todos os animais infectados e aqueles que tiveram contato com esses exemplares. • Tire suas dúvidas sobre a doença