| 05/06/2001 10h48min
O presidente da Hidrelétrica Itaipu Binacional e integrante da Câmara de Gestão da Crise Energética, Euclides Scalco, acredita que as mudanças anunciadas pelo governo nesta segunda-feira facilitarão a relação entre o Executivo e o Judiciário. No entanto, Scalco aposta que os órgãos de defesa do consumidor e os usuários de energia ainda deverão ingressar na Justiça contra os cortes e a sobretaxa, que continuam em vigor em alguns casos. O presidente de Itaipu prevê que com as alterações no plano, haverá menos ações do que atualmente. Para Scalco, as novas medidas para racionar energia são uma resposta à adesão da sociedade. Completa que a reformulação foi importante para o plano e para os brasileiros. Segundo ele, o povo sempre se mostrou engajado durante as crises por que passou o país, como em mudanças de moedas. A previsão de Scalco é que o racionamento se estenda, no mínimo, até outubro, quando começa a chover no Centro-Oeste, região onde se encontram as nascentes das bacias do Paraná e do São Francisco. Quanto a proposta de paralisar as privatizações, feita por partidos de oposição, Scalco afirma que este não seria o momento ideal para esta discussão. Segundo ele, agora é necessário evitar o apagão e resolver o problema de crise energética. O presidente de Itaipu disse ainda que a área econômica da Câmara de Gestão não tem uma dimensão da influências das medidas de racionamento para o Produto Interno Bruto (PIB) e para a inflação do país. O plano de racionamento