A quantidade de chuvas sobre a Região Sul, assim como a redução no consumo, é determinante para o futuro da situação energética. Os encarregados da previsão do tempo oferecem bons prognósticos. Tanto o 8º Distrito de Meteorologia, com sede em Porto Alegre, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), de São José dos Campos (SP) prevêem chuvas normais ou acima da média para o Sul até julho. Até a provável recorrência do fenômeno El Niño – o aquecimento das águas do Oceano Pacífico –, prevista para o último trimestre do ano, pode beneficiar a região. Conforme Solismar Damé Prestes, meteorologista-chefe do 8º Distrito, o El Niño 2001 deve ser de intensidade mais fraca do que os registrados nos anos anteriores, mas ainda assim pode provocar seus efeitos mais conhecidos: aumentar a intensidade das chuvas no Sul e reduzir no Nordeste. Conforme dados do Comitê de Operação e Planejamento do Sistema Elétrico do Estado (Copergs), é necessária uma média de chuvas correspondente a 80% da média histórica na região para garantir que os reservatórios das hidrelétricas mantenham água suficiente para deixar o Sul fora do racionamento. No prognóstico trimestral do 8º Distrito, válido para junho, julho e agosto, a estimativa é de precipitação "dentro dos padrões". A exceção é para o norte do Paraná, onde poderiam ocorrer chuvas "ligeiramente abaixo do padrão climatológico". Solismar explica que essas previsões foram feitas há um mês e devem ser atualizadas em breve, agora com prognóstico de comportamento dentro da média para toda a região. O prognóstico do Inpe reforça o estudo do 8º Distrito. As chuvas para o Sul devem variar "de normais a ligeiramente acima da média histórica". O plano de racionamento