clicRBS
Nova busca - outros

Notícias

 | 30/05/2001 21h20min

Exército aumenta cerco a quartel em Tocantins

Os soldados do Exército interromperam o fornecimento de energia e água no 1º Batalhão de Polícia Militar de Palmas, capital de Tocantins, onde 800 soldados da PM estão aquartelados há 12 dias, com mulheres e crianças. A intenção é cansar os manifestantes. Blindados trafegam com freqüência ao lado do quartel, impedindo que os grevistas durmam bem. Os militares aproximaram ainda mais as tropas dos muros. Panfletos de salvo-conduto distribuídos aos grevistas garantem a integridade física e os direitos constitucionais daqueles que saírem pacificamente do prédio. Os grevistas dizem que podem sair para buscar água e a situação gerar enfrentamento com o Exército. O governo estadual diz que negocia com os policiais somente após o fim da greve. Os PMs começaram a racionar água e tentaram armazenar o máximo possível antes que os cortes fossem feitos pelo Exército. O estoque pode durar até cinco dias. Um gerador movido a gasolina mantinha as luzes da frente do quartel acesas e uma geladeira funcionando. Tochas e faróis dos carros da corporação, confiscados pelos grevistas, eram usados para iluminar os arredores do quartel. O comando da greve espera um habeas corpus pedido ao Tribunal de Justiça do Estado para que os 13 líderes da paralisação não sejam presos. Os PMs querem ainda que o governo não puna quem participou do movimento para que possam entregar suas armas. O primeiro tiro do conflito foi disparado nesta quarta-feira. Acidentalmente, segundo versão de ambos os lados. O estampido perto da cerca quase provocou um confronto, contido por um capitão pára-quedista que jogou o fuzil no chão, saiu com as mãos levantadas e pediu calma aos PMs. A PM diz que o tiro foi das tropas federais. A Justiça proibiu na terça-feira a invasão do Exército ao quartel.

Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS
© 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.