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O emprego na indústria do Rio Grande do Sul apresentou queda de 1,4% em março na relação com o mesmo período do ano passado. O resultado negativo é atribuído à diminuíção nos níveis de emprego nos setores de vestuário (-19,1%) e calçados de couro (-8,1%). Na média nacional a queda foi menos significativa (-0,1%), com contribuição para a formação do índice dos resultados negativos de São Paulo (-0,7%), Rio de Janeiro (-3,9%) e Rio Grande do Sul. Em relação a fevereiro o índice de emprego apresentou acréscimo de 0,4% no país.
Na comparação com o mesmo período do ano passado oito dos 14 locais pesquisados tiveram resultados negativos no emprego industrial. Entre os locais que ampliaram o emprego destacaram-se Minas Gerais (3,2%), seguido por Nordeste (1,7%) e região Norte e Centro-Oeste (1,7%), todos impulsionados por alimentos e bebidas, cujo setor apresentou taxas de 14,9%; 10,7% e 2,0% nos respectivos locais.
Ainda nesta comparação, foram observadas quedas em oito dos 18 setores analisados. A maior pressão negativa foi de vestuário (-9,9%), seguida de papel e gráfica (-7,3%), têxtil (-5,8%) e minerais não-metálicos (-5,1%). Por outro lado, entre os 10 ramos que tiveram crescimento no emprego, o destaque positivo foi máquinas e equipamentos (13,5%).
No acumulado no ano (-0,7%), o número de demissões foi maior que o de admissões em nove locais pesquisados, mas este indicador apresentou ligeira desaceleração no ritmo de queda, uma vez que no primeiro bimestre o resultado havia sido de -1,1%. São Paulo (-1,4%) apresentou a principal contribuição negativa, enquanto Minas Gerais (3,2%) teve o maior impacto positivo. Entre os setores, nove ramos reduziram o total de empregados, com destaque para vestuário (-11,6%). Já as maiores pressões positivas foram, novamente, de máquinas e equipamentos (10,5%).
No acumulado nos últimos 12 meses o indicador manteve-se estável (-1%), com 10 locais e nove setores apresentando resultados negativos. A maior pressão negativa veio de vestuário (-7,5%), enquanto máquinas e equipamentos (6,5%) foi o destaque positivo. Regionalmente, foi de São Paulo (-1,8%) a principal influência negativa, seguido de Rio de Janeiro (-4,3%) e Rio Grande do Sul (-2,3%). Por outro lado, a região Norte e Centro-Oeste (2,7%) e os estados do Paraná (2%), Santa Catarina (0,3%) e Minas Gerais (0,1%) tiveram índices positivos.
Em março, o indicador da folha de pagamento real da indústria geral continuou apresentando taxas positivas, tanto na comparação mensal (11,6%) quanto na acumulada no ano (9,1%). Ainda assim, no índice dos últimos 12 meses a taxa foi negativa (-0,5%), embora o ritmo de queda venha diminuindo nos últimos meses. Na série ajustada sazonalmente, em março a folha de pagamento real caiu 1,2% na comparação com fevereiro.
Conforme o IBGE, esse resultado deve ser relativizado, uma vez que contrasta com o bom desempenho de janeiro (9,3%) e fevereiro (4,6%), cujas taxas foram influenciadas pelo pagamento de férias e benefícios extras. Quanto à folha de pagamento real por trabalhador (folha média), o índice foi positivo nas várias comparações: 11,6% na taxa mensal; 9,9% no acumulado no ano e 0,5% nos últimos doze meses.