| 16/03/2004 10h48min
A pesquisa de emprego industrial divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça, dia 16, aponta queda de 5,8% no nível de emprego gaúcho na comparação de janeiro de 2003 com janeiro de 2004 – o segundo pior resultado regional do país, atrás apenas do Espírito Santo (-6,8%). O índice foi pressionado principalmente pelo desemprego no setor de calçados e couro (-10,8%). No Brasil, o nível de emprego em janeiro de 2004 em relação a janeiro de 2003 apresenta queda de 1,7%, mas na comparação entre dezembro de 2003 e janeiro os números apresentam crescimento de 0,2%, indicando tendência de recuperação no setor.
No confronto janeiro 2004/janeiro 2003, 11 dos 14 locais pesquisados apresentam quedas no emprego industrial. Apenas Minas Gerais (2%), o conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste (1,4%) e o Paraná (0,4%) exibem resultados positivos para o emprego industrial, todos impulsionados por alimentos e bebidas, setor que alcança crescimento de 14,1%, 2,5% e
9,9%, nos
respectivos locais.
Em nível setorial, as demissões superam as contratações em 10 ramos entre 18 analisados, com destaque para a influência negativa vinda de vestuário (-6,0%), fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-7,4%), minerais não-metálicos (-5,7%) e têxtil (-4,5%). Respondendo pelas maiores contribuições positivas, destacam-se as indústrias de alimentos e bebidas (2,6%) e de máquinas e equipamentos (5,6%).
O indicador da folha de pagamento real mostra, em janeiro de 2004, aumento significativo. No confronto janeiro 2004/janeiro 2003, o crescimento é de 7,7% para o total da indústria, com perfil generalizado, atingindo a maioria dos segmentos e locais pesquisados. Dois fatores contribuíram para este aumento: um deles foi o pagamento, em janeiro, de benefícios tradicionalmente concedidos em dezembro; o outro foi a inflação mais baixa em janeiro de 2004 do que em janeiro de 2003. Já no indicador acumulado nos últimos 12 meses, houve queda na folha de pagamento real (-3,1%), embora menos intensa que a apontada em dezembro de 2003 (-4,3%).