| 23/05/2001 20h15min
O diagnóstico da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, foi entregue nesta quarta-feira ao governo do Estado. O relatório repete o que os técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e outros profissionais alertam há anos: existe o risco de queda e não há como prever o tempo de vida que ainda tem. Entretanto, é possível recuperá-la com a manutenção de sua estrutura original e reabertura para o tráfego de veículos. O diretor de infra-estrutura do consórcio franco-brasileiro Sondotécnico-Ingeróp, que fez o estudo, afirmou que há alguns problemas pontuais para atacar, além dos gerais de corrosão. O diretor destacou que as barras de olhal, que contribuem para a sustentação da parte pênsil, estão deterioradas e têm que ser substituídas. A proposta inicial é instalar um cabo provisório para a sustentação. Nas treliças e nas torres, há necessidade de novas peças. A fundação das torres precisa ser reforçada. Ele recomendou que a restauração comece imediatamente após a conclusão do projeto de engenharia, estimada para dezembro. Mas não há recursos. O governo do Estado negocia a inclusão do custo dentro do pacote de financiamento da duplicação do trecho Sul da BR-101. Como medidas de segurança, o diretor da Ingeróp orientou que sejam instalados dispositivos para detectar alterações na estrutura da ponte, contratados técnicos especializados no monitoramento e a retirada da rede de eletricidade entre o continente e a Ilha de Santa Catarina fixada na Hercílio Luz. De acordo com Lana, os cabos contribuem para a corrosão.
GISELE KAKUTA