A Ponte Hercílio Luz chegou aos 75 anos neste domingo, dia 13. Não faltam projetos e idéias que valorizem a primeira ligação entre a Ilha de Santa Catarina e o continente, até hoje isolada de iniciativas para revitalizar seu entorno e aproveitar de forma mais eficiente o encanto que exerce sobre os moradores de Florianópolis e turistas. Um projeto elaborado pela Associação de Amigos do Parque da Luz prevê a instalação do Museu Escola das Pontes na cabeceira insular da Hercílio Luz. No final do ano passado, a Assembléia Legislativa aprovou a inclusão de R$ 280 mil no orçamento de 2002 para custear a obra. Falta o aval do governo do Estado. Com exceção desta iniciativa, outras propostas para revitalizar a ponte ainda estão distantes da realidade. Há também projetos para a criação de outros dois museus (de Belas Artes e de Navegação Marinha) no lado continental, além de um parque marinho para visitação, aproveitando a área de 1,2 milhão de metros quadrados que cerca o patrimônio tombado. A travessia ficaria restrita a pedestres, ciclistas, motociclistas, completando a integração entre os pólos culturais. Contudo, apesar de não haver uma posição definitiva do governo estadual, o destino da Hercílio Luz deverá ser mesmo a reabertura para o tráfego de veículos. A intenção foi reafirmada semana passada pelo secretário estadual de Transportes e Obras, Leodegar Tiscoski. O projeto para recuperação da estrutura, orçado em R$ 5,7 milhões, deverá estar pronto em dezembro. No final de abril, a empresa francesa de engenharia Ingerop, contratada junto com a brasileira Sondotécnica pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem para realizar o trabalho, divulgou um diagnóstico revelando que há condições técnicas para recuperar a ponte. As características e a capacidade de carga originais do monumento seriam preservadas.