O Ministério da Agricultura vai doar aos pequenos produtores gaúchos as vacinas para as duas etapas emergenciais de aplicações contra o vírus da febre aftosa. No total, serão liberadas gratuitamente em torno de 10 milhões de doses. Ainda nesta semana, devem começar a chegar os primeiros lotes. A estimativa é de que a medida atinja 40% do rebanho bovino gaúcho. Nesta terça-feira, em Brasília, Pratini revelou que teve a autorização do presidente Fernando Henrique Cardoso para comprar e distribuir os produtos. Pratini anunciou ainda que há disponibilidade de R$ 5 milhões para contribuição às indenizações dos proprietários. Esses recursos serão liberados de acordo com a necessidade do Estado, como complemento ao Fundo de Erradicação da Febre Aftosa (Fefa), que hoje conta com R$ 160 mil. Nesta terça, o ministério entregou uma nota técnica à Secretaria da Agricultura, com as recomendações a serem tomadas em relação aos focos, conforme o Plano Nacional de Erradicação da Aftosa. O documento prevê, entre outras ações, o sacrifício de todos os animais da área focal e aqueles das propriedades vizinhas. Pelo rastreamento feito pelos técnicos, pelo menos 404 animais devem ser eliminados – 208 na Agropecuária Combate, em Alegrete, e 196 na Estância São Pedro, em Santana do Livramento. A medida revoltou o secretário José Hermeto Hoffmann. Na avaliação de Hoffmann, o governo federal está tentando repetir o que ocorreu na região de Jóia, no ano passado. Hoffmann reiterou que o plano deve ser revisto e que o Estado e as entidades do setor não concordam com a matança de milhares de animas no Rio Grande do Sul. Voltou a afirmar ainda que a secretaria só sacrificará os animais clinicamente doentes nos dois focos. • Tire suas dúvidas sobre a doença