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Líderes do PT admitem desgaste com CPI e criticam Malta

Governistas decidiram não indicar parlamentares para comissão

Líderes petistas admitiram nesta sexta, dia 5, o desgaste do partido com a manobra para bloquear a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos bingos, mas também classificaram como "pouco ético" o comportamento do senador Magno Malta, autor do requerimento da comissão.

– É melhor sair desgastado com o país andando, retomando as votações importantes, fazendo com que a retomada do crescimento se realize, até porque as investigações estão em andamento pelo Ministério Público e pela Polícia Federal – disse a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), ao chegar para reunião do partido em São Paulo.

Malta protocolou na quinta o requerimento para uma CPI que investigue o funcionamento dos bingos, com assinaturas de senadores petistas. Mas os partidos da base aliada decidiram que não indicarão membros para a comissão, o que impede sua instalação na prática.

O governo temia que a oposição transformasse o ex-assessor da Presidência Waldomiro Diniz no principal foco da CPI. Waldomiro foi flagrado em fita de vídeo pedindo a um empresário do jogo, em 2002, dinheiro para si e para candidatos a governos estaduais. Até janeiro, era subordinado ao ministro José Dirceu (Casa Civil).

O líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia, também admitiu o desgaste, mesmo porque o partido sempre defendeu as investigações até o fim, fazendo diversos pedidos de CPI em governos anteriores.

– A sociedade entende que há necessidade de CPI, para todos os esclarecimentos. A sociedade não tem obrigação de saber de todos os procedimentos de investigação – disse Chinaglia, referindo-se às investigações em curso na Polícia Federal, no Ministério Público e a CPI instalada na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

Ideli criticou Malta por, segundo ela, ter articulado o recolhimento de assinaturas com a senadora Heloisa Helena (sem partido-AL) ao mesmo tempo em que discutia com os líderes da base a questão de protocolar o pedido da CPI no Senado.

– Só esse tipo de procedimento é pouco ético. O que o Magno Malta queria? Esta era a única pergunta que me faziam, se ele queira algo em troca – disse a senadora.

Na quinta, porém, após protocolar o requerimento, Malta disse a jornalistas que nunca escondera sua determinação de apresentar o pedido da CPI, acrescentando que era da base "mas não subserviente". O PT realiza nesta sexta uma reunião com sua executiva nacional, presidentes de diretórios estaduais e prefeitos de capitais para discutir a conjuntura nacional e preparar o partido para as eleições de outubro.

As informações são da agência Reuters.

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