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A agência de classificação de risco Fitch elevou nesta quinta, dia 6, de "B" para "B+" o rating soberano do Brasil, citando o melhor desempenho da economia do país e o recém-firmado acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
– O acordo preventivo com o FMI demonstra o compromisso das autoridades brasileiras com políticas fiscais apropriadas e sinaliza a intenção do Fundo de ajudar financeiramente a isolar o Brasil de choques externos no médio prazo – afirmou a Fitch em comunicado.
Na véspera, o Brasil anunciou a proposta de um acordo "preventivo" que envolve US$ 14 bilhões, dos quais US$ 6 bilhões são dinheiro novo. Além disso, o governo propôs adiamento dos prazos de pagamento dos recursos que o país deve ao organismo até 2007. O cronograma em vigor previa uma concentração alta de amortizações em 2005, no valor total de US$ 12 bilhões.
– O programa do FMI anunciado essa semana disponibilizará ajuda à balança de pagamentos no curto prazo e adia amortizações pesadas que venciam em 2005 – observou a agência de risco.
A Fitch disse que o pesado ônus da dívida e a forte necessidade de financiamento externo exigem um superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) ou mais no médio prazo. A agência prevê que a relação entre a dívida pública e o PIB encerre 2003 em 79% e disse que, para receber nova melhora de classificação, o Brasil precisa reduzir essa relação. A perspectiva para as notas brasileiras é estável.
As informações são da agência Reuters.