| 12/09/2003 19h24min
O governo gaúcho e a General Motors (GM) finalmente fecharam acordo nesta sexta, dia 12, para ampliação da fábrica da montadora de Gravataí. O encontro de quase sete horas deixou o acordo praticamente selado.
O vice-presidente da GM no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, limitou-se a dizer que as negociações respeitaram os contratos em andamento. Ele também destacou que as novas regras da reforma tributária para incentivos fiscais foram consideradas. O secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, também não revelou detalhes da negociação, mas garantiu que o acordo foi bom para as duas partes.
A redação final do texto que será avaliado pela direção mundial da empresa antes do final do mês ainda não foi concluída. O documento será elaborado no fim de semana e na próxima terça, dia 16, ocorre uma última reunião. Pinheiro Neto manifestou confiança de que o projeto ficará com o Rio Grande do Sul. Garantiu que a decisão da corporação sairá até o final deste ano. Revelou que a proposta já está em Detroit.
Após o anúncio feito pelo presidente da GM no Brasil, Walter Wieland, no dia 3 de abril deste ano, de que a montadora projetava instalar uma nova unidade, foram efetivadas oito rodadas de negociações entre o governo do Estado e representantes da empresa, com vistas ao projeto de investimento entre US$ 210 milhões e US$ 230 milhões para a produção de um novo veículo.
Caso se confirme a escolha do Brasil, que disputa com México e China, a produção de carros na unidade de Gravataí será ampliada em mais 80 mil carros/ano, com a criação de mais 5 mil empregos. A produção atual da unidade da montadora é de 120 mil veículos/ano. O lançamento do novo veículo, cujo modelo vem sendo mantido em sigilo, ocorrerá no segundo semestre de 2005. Parte da produção da nova unidade será destinada ao mercado externo e exportado pelo sistema CKD (desmontados).