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Em mais uma tentativa de acalmar os ânimos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os senadores José Agripino (PFL-RN), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Efraim Morais (PFL-PB) e Jefferson Peres (PDT-AM), que se recusaram a se encontrar com o petista por acreditarem que o Congresso Nacional vem sendo menosprezado pelo governo, o presidente do Senado, José Sarney saiu em defesa de Lula. O peemedebista disse ser testemunha das relações que o presidente mantém com a Casa que, segundo ele, têm sido marcadas pela harmonia, independência entre os poderes e pela confiança.
Sarney também lembrou a visita feita por Lula, junto com os governadores, ao Congresso para a apresentação das propostas de reformas tributária e previdenciária. As declarações do presidente do Senado foram feitas após a retratação do presidente Lula pelas declarações dessa terça durante solenidade na Confederação Nacional da Indústria (CNI), na qual o petista disse que "a cada dia que passa me sinto o brasileiro mais otimista que este país já teve, nada, pode ficar certo que não tem chuva, não tem geada, não tem terremoto, não tem cara feia, não tem o Congresso Nacional, não tem o Poder Judiciário. Só Deus será capaz de impedir que a gente faça esse país ocupar o lugar de destaque que ele nunca deveria ter deixado de ocupar. Eu acredito nisso e vou trabalhar para isso".
Sobre a convocação extraordinária do Congresso Nacional para o mês de julho, o presidente do Senado garantiu que os parlamentares irão aproveitar o tempo "o máximo possível", para que as reformas sejam aprovadas ainda este ano. Sarney anunciou matérias que, além das reformas tributária e previdenciária, serão incluídas na pauta da convocação extraordinária, entre elas a reforma do Judiciário e projetos de lei referentes à segurança pública, como o que proíbe o porte de armas.
Mais cedo, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu já havia saído em defesa de Lula. Dirceu afirmou que, quando discursou na CNI, o presidente Lula "não teve o intuito de ofender" o Legislativo ou o Judiciário. O ministro afirmou que se depender do presidente da República e de todo o governo não irá pairar qualquer dúvida sobre a total fidelidade à democracia e ao compromisso com a harmonia e independência dos poderes.
– O presidente deixou claro que quando fez a declaração não se referia às reformas e não teve o intuito de ofender os poderes. E isso ficou claro. Como o presidente diz, ficou redondo como uma bola de futebol – declarou.
As informações são da Agência Brasil.