| 25/06/2003 11h39min
Ao lado dos presidentes da Câmara, João Paulo Cunha, e do Senado, José Sarney, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou no final da manhã desta quarta, dia 25, a convocação extraordinária do Congresso Nacional para o mês de julho. Na ocasião, o presidente aproveitou para explicar sua polêmica declaração feita nesta terça, dia 24, e disse que não quis ofender os poderes Legislativo e Judiciário.
Nesta terça, em discurso na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lula afirmou que "a cada dia que passa me sinto o brasileiro mais otimista que este país já teve, nada, pode ficar certo que não tem chuva, não tem geada, não tem terremoto, não tem cara feia, não tem o Congresso Nacional, não tem o Poder Judiciário. Só Deus será capaz de impedir que a gente faça esse país ocupar o lugar de destaque que ele nunca deveria ter deixado de ocupar. Eu acredito nisso e vou trabalhar para isso". No Palácio do Planalto hoje, o presidente garantiu que não estava se referindo à aprovação das reformas tributária e previdênciaria e se colocou à diposição para conversar com o qualquer parlamentar que tenha se sentido ofendido.
– Não há nada pior na política do que equívoco – afirmou.
Um grupo de senadores, formado por José Agripino (PFL-RN), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Efraim Morais (PFL-PB) e Jefferson Peres (PDT-AM) se recusou a acompanhar João Paulo Cunha e Sarney ao encontro com o presidente no Planalto nesta quarta. Os quatro acham que o Congresso vem sendo sistematicamente desprestigiado pelo governo.
A convocação extraordinária do Congresso Nacional servirá para acelerar a votação das reformas propostas pelo governo federal. Pela retomada dos trabalhos, cada parlamentar receberá dois salários de R$ 2.720. O montante total que sairá dos cofres públicos apenas para a convocação chegará a R$ 15 milhões.
– Espero que os presidentes (da Câmara e do Senado) tenham toda a sorte do mundo para convencer os partidos a comparecem ao Congresso para a votação das reformas – disse Lula.
Com informações da agência Brasil.