Verão | 17/02/2011 04h30min
O vento que varia de 20 km/h a 40 km/h nesta semana no Litoral Norte tem sido bom para a prática de kitesurfe. O esporte já é vivenciado no Rio Grande do Sul há cerca de oito anos, mas foi no verão 2011 que o hobby virou mania. De acordo com o instrutor Jeferson Comaru, 38 anos, neste ano o número de adeptos quadriplicou.
Todos os apetrechos para a prática podem custar quase R$ 3 mil, segundo Ricardo Menezes, praticante das manobras. O preço de uma hora de aula é de cerca de R$ 150. O local que concentra o maior número de adeptos é a Plataforma de Atlântida, considerada um dos melhores pontos para o esporte.
Confira as dicas que preparamos para quem quer começar a velejar ainda nesta temporada
- O primeiro passo é procurar um instrutor qualificado. Nisso, a Federação Gaúcha de Kitesurfe pode te ajudar.
- Na aula inicial, os principais itens são apresentados, como a pipa e os equipamentos de segurança. Há também uma rápida aula sobre questões climáticas, como vento, nuvens e condições do mar.
- O ideal é começar com uma pipa média. Para quem pesa de 60 a 65 quilos, por exemplo, o comprimento dela deve ser de nove metros.
- Em geral, o kite tem entre quatro e cinco compartimentos chamados de tala, que devem ser inflados para que a pipa tome forma.
- Depois disso, quatro cordas de cerca de dez metros de comprimento são engatadas na pipa. Para que o vento erga a pipa, o aluno estica bem os fios e conta com a ajuda de alguém para facilitar a subida do equipamento.
- Um trapézio ou uma cadeirinha são usados para prender o kite no aluno.
- Na hora de praticar, é a barra que comanda tudo. Com ela, o velejador determina a direção que quer ir com a prancha. É ela também a responsável pela segurança. Em caso de apuros, é só soltar uma trava que diminui a pressão do vento sobre o kite.
- Ele pode ser praticado em duas modalidades: o Free Style, onde o participante realiza os saltos com uma prancha sem bico e sem quilhas, e o kitewave, que lembra bastante o surfe tradicional. Neste último, presilhas são acopladas para dar mais estabilidade ao atleta.
- É importante cuidar o local para a prática do esporte. Deve-se manter uma distância segura dos banhistas para que não haja acidentes, pois o vento é imprevisível e pode derrubar o equipamento. Para ter certeza de que o público está protegido, se preocupe sempre em manter uma circunferência duas vezes maior do que o comprimento da linha.
- Muitos dos adeptos são surfistas, já que o kitesurfe preenche uma lacuna. Nos dias em que o vento está forte, as ondas não são boas para as manobras nas pranchas. Aí, entra a pipa para proporcionar ao praticante o privilégio de escolher a melhor onda.
>> Em GALERIA DE FOTOS, veja o passo a passo para praticar o esporte