Os termômetros marcaram 32ºC no Centro de Urussanga, Sul de Santa Catarina, na tarde de segunda-feira. A sensação térmica, porém, chegou a 42ºC, mesmo número da maior temperatura já registrada no Estado, também em Urussanga, em 1949.

O cálculo do índice de sensação de calor ou desconforto térmico leva em conta a umidade, o vento e a temperatura. Segundo Marcelo Martins, meteorologista da Epagri/Ciram, a sensação é relativa para cada pessoa - e quem sofre mais são os idosos e as crianças.

— O índice que a Epagri/Ciram calcula é uma média. O dia pode estar quente sem vento, com nuvens, com vento ou úmido. Cada um destes fatores influencia na sensação térmica — explica Marcelo.

Nas situações de extremo calor, segundo o meteorologista, as atividades físicas devem ser suspensas para evitar mal súbito. Segundo a Epagri/Ciram, o índice entre 27ºC e 29ºC gera desconforto em toda a população. Entre 29ºC e 32ªC, algumas pessoas sentem estresse. Já acima de 32ºC, a instituição considera estado de emergência médica.

Com as temperaturas altas, a Defesa Civil alerta para o risco de temporais durante esta semana. O deslocamento de uma frente fria pelo oceano pode provocar pancadas de chuva, trovoadas e rajadas de vento forte.

Recorde de temperatura

Em Florianópolis, na última segunda-feira, os termômetros marcaram 34,5ºC e quase alcançaram o recorde do último verão, de 36,4ºC. Segundo a Epagri, de sexta para sábado essa marca deve ser ultrapassada. A maior temperatura já registrada na Capital foi no verão de 2000, com 38,3ºC.

— Os dias que precedem a entrada de frentes frias com massa de ar quente instalada são os mais propícios para recorde de temperatura — explica Marcelo.

No Extremo-Oeste, o recorde de temperatura absoluta foi registrado em Itapiranga, com 40ºC. No Médio Vale do Itajaí, em Blumenau, a temperatura já chegou a 39,8ºC. No Nordeste do Estado, o recorde foi registrado em Joinville, com máxima de 40ºC.