| 17/01/2011 10h40min
A falta de água chegou ao limite em Cerrito. A cidade foi a oitava a ter o decreto de situação de emergência reconhecido pela Defesa Civil do Estado na semana passada. Há 40 dias a área rural do município, composta por 40% dos habitantes, depende de um caminhão da prefeitura para garantir o abastecimento de água.
— As águas dos açudes já estão no fim e temos que garantir a sustentação do gado, da agricultura e das pessoas também — declara o chefe de gabinete do município, Gomercindo Lucas.
A situação já afeta a pecuária, a produção de pêssego e de leite. Segundo Lucas, os maiores períodos de estiagem são registrados nos meses de fevereiro e março.
— Estamos preocupados, pois a situação já é grave hoje, imagina nos próximos meses?
A cidade entrará com um pedido junto ao Governo do Estado de mais um caminhão para transportar água da zona urbana até o meio rural, além de uma retroescavadeira para abrir pequenas passagens de água.
— Isso irá garantir a sustentação dos animais — explica Lucas.
Os prefeitos de Piratini, Pinheiro Machado, Aceguá, Dom Pedrito e Bagé já assinaram decretos de situação de emergência, mas os documentos ainda não foram homologados, segundo a Defesa Civil estadual.
Veja a localização das cidades em situação de emergência no mapa:
Municípios em estiagem no Rio Grande do Sul | ||
*População segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) | ||
Cidade | Data do decreto | População |
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Candiota | 22/12/2010 | 8.776* |
Pedras Altas | 29/12/2010 | 2.218* |
Herval | 03/01/2011 | 6.757* |
Santana do Livramento | 09/01/2011 | 82.513* |
Lavras do Sul | 11/01/2011 | 7.669* |
Hulha Negra | 13/01/2011 | 6.048* |
Pedro Osório | 13/01/2011 | 7.817* |
Cerrito | 14/01/2011 | 6.404* |