| 17/01/2011 03h20min
No sábado, quatro dias depois do início da catástrofe na região serrana do Rio de Janeiro, soldados do Exército apareceram carregando esquifes das vítimas de Nova Friburgo. Também no sábado, a Defesa Civil fluminense alertava que ainda havia povoados ilhados, sem água nem comida, devido à falta de helicópteros. Somente no domingo a Força Aérea Brasileira (FAB) começou a montagem de um hospital de campanha, em Itaipava.
Por que as Forças Armadas demoraram tanto a agir na tragédia no Rio?
Diante dos 628 mortos contabilizados até ontem, a pergunta se impõe. O Exército, a Marinha e a Aeronáutica não poderiam ter sido mais rápidos? Editor do portal DefesaNet, Nelson Düring observa que "uma pesada burocracia" restringe o começo das ações militares. É o governo estadual que pede, a Presidência da República que autoriza, antes as Forças Armadas não podem se mexer.
— Nos momentos de crise, nota-se uma demora na ação de meios militares que seriam vitais, especialmente nas primeiras horas após o acontecimento — ressalta Düring.
O especialista diz que as Forças Armadas deveriam ter destacado mais helicópteros e blindados com lagartas para entrar nos locais inacessíveis da serra fluminense. Lembrou que, somente em Taubaté (SP), o Comando de Aviação do Exército dispõe de cem helicópteros. E que a Marinha tem outros tantos na sua base aeronaval de São Pedro da Aldeia, no Rio.
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