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 | 07/01/2011 09h59min

Para não perder o ritmo acelerado, indústria catarinense reduz férias coletivas

Em algumas empresas as férias de final de ano foram reduzidas ou até eliminadas

A indústria de Santa Catarina vive um boa fase e a perspectiva para 2011 é manter o ritmo de crescimento. As tradicionais férias coletivas de fim de ano — que, em 2009, duraram até 30 dias — foram reduzidas ou eliminadas.

O ano de 2010 foi bem diferente dos demais, na avaliação do 1º vice-presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Glauco Côrte.

— As empresas pararam um período entre o Natal e o Ano-Novo, às vezes para compensar banco de horas, mas não são férias decorrentes de ajustes na economia — avalia.

São três as principais razões para o otimismo, segundo Côrte. Em primeiro, o mercado interno vai continuar dando sustentação ao crescimento da economia. Em segundo, haverá aumento do investimento. Em terceiro lugar, a aposta na recuperação — não tão pujante, mas positiva — das economias desenvolvidas, como os países da Zona do Euro e os EUA.

Os principais setores da indústria comemoram. No setor metal-mecânico de Jaraguá do Sul, no qual trabalham entre 18 mil e 20 mil funcionários, grande parte das indústrias deu férias coletivas de 20 dias. Em 2009, foram 30 dias, segundo o presidente do sindicato das indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico de Jaraguá do Sul, Célio Bayer.

— Havíamos recém-saído de uma crise econômica mundial. Agora, as empresas estão administrando a carteira de pedidos para não deixar clientes esperando — diz Bayer.

Em Joinville, a pausa foi menor, segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores na indústria mecânica da região, João Bruggmann. Dos cerca de 15 mil trabalhadores da categoria, um terço parou.

No setor têxtil, a maioria dos 65 mil trabalhadores fez uma pausa. Após a entrega dos pedidos para o Natal e em meio à troca de estação, folgaram por 10 dias, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis (Sintex) de Blumenau, Ulrich Khum.

No setor de carnes, a abertura de alguns mercados internacionais — especialmente na Ásia, que compra produtos com maior valor — indica boa expectativa para 2011, segundo o diretor do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne) de Santa Catarina, Ricardo Gouvêa.

— No ano passado, certas empresas deram uma reduzida, em função da crise. Este ano há recuperação do mercado. As fábricas de produtos sazonais não precisam manter a produção a pleno. Apenas alguns setores específicos deram uma parada.

DIÁRIO CATARINENSE
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