| 04/11/2010 20h12min
Placas de demarcação de surfe e pesca foram recolocadas hoje na beira da praia de Capão da Canoa, três dias após a morte do surfista Tiago Ruffato, que ficou enrolado em uma rede de pesca. Segundo a prefeitura, o serviço já estava programado antes da tragédia.
Quanto a investigação da morte, a polícia adianta ser muito difícil apontar um culpado na área criminal. Segundo o delegado Heraldo Guerreiro, o jovem entrou no mar em uma área de surfe, mas a correnteza o levou para uma área de pesca.
O Ministério Público (MP) também segue trabalhando no caso.
> Veja como é a demarcação na área central de Capão de Canoa
ROTINA TRÁGICA |
ABRIL DE 1988 |
Redes mataram 49 surfistas desde 1978, uma morte a cada oito meses. Capítulos dessa história: |
- Um surfista de 16 anos morre em Capão, dois meses depois de a prefeitura proibir a pesca por causa do risco para esportistas. |
FEVEREIRO DE 1991 |
- Em pleno fim de semana de verão, Fábio Lima, 18 anos, morre em uma área não destinada à pesca em Balneário Pinhal. |
JULHO DE 2002 |
- No mesmo fim de semana, dois surfistas morrem, um em Cidreira e outro em Nova Tramandaí. Os casos expõem a falta de fiscalização das áreas de pesca. |
JUNHO DE 2004 |
- ZH noticia: “Surfista morre preso a cabo de pesca”. A vítima é Daniel Silva, 20 anos, morto em Rainha do Mar. O episódio revela o descumprimento da lei que prevê placas indicativas. |
MAIO DE 2005 |
- Menos de um ano depois, o mesmo título se repete em ZH: “Surfista morre presa a cabo de pesca.” Dessa vez, a vítima é Júlia Rosito, 21 anos, morta em Cidreira. |
ABRIL DE 2009 |
- Lucas Dias, 22 anos, morre em Capão Novo, e os surfistas desencadeiam mais uma campanha para melhorar a delimitação. |