| 29/08/2010 06h48min
Passou despercebido diante da vitória sobre o Botafogo por 1 a 0, a segunda seguida dos titulares depois da conquista da Libertadores — a primeira foi no meio da semana, contra o Avaí.
O estádio dos Eucaliptos foi vendido para a construtora Melnick Even. Onze empresas retiraram envelope, cinco fizeram proposta, três foram levadas em consideração pelo Inter e a Melinick levou.
O valor do negócio segue em sigilo. Há um acordo de confidencialidade entre Inter e o comprador até a assinatura do contrato. Apurei que ficou bem acima do preço inicial de R$ 20 milhões. Há quem fale em valores em torno de R$ 30 milhões. Os dirigentes estão eufóricos.
Ontem, depois do jogo, conversei com Fernando Carvalho, vice de futebol. Perdi a conta da quantidade de elogios dele para o presidente Vitorio Piffero, que com o dinheiro dos Eucaliptos vai tocar a cobertura do Beira-Rio.
— Até brinquei com o Piffero: vai cinquinho aí para o futebol? Sério: será uma loucura: quando a gente menos esperar vai estar pronto — diz com entusiasmo o vice de futebol Fernando Carvalho, que tentou mas não conseguiu realizar a venda do Eucaliptos quando era presidente.
Com os milhões oriundos da venda do campo onde o Rolo Compressor patrolou adversários nos anos 40, o plano é o Beira-Rio virar um canteiro de obras. Pelo menos em relação à cobertura, parte mais visível da remodelação do estádio visando a Copa de 2014.
Ainda não se sabe quando será a demolição. E nem o que será erguido no lugar. Nos bastidores cogita-se um condomínio residencial de luxo, tarefa condenada ao êxito em um zona tão valorizada.
É uma história bonita e emblemática para o Inter: o velho estádio, que abrigou jogos da Copa de 1950, agora ajudará a financiar uma casa novíssima, igualmente para sediar um Mundial, o de 2014.
É o passado construindo o futuro.