| 09/08/2010 08h23min
A colônia brasileira em Guadalajara pode não ser muito grande, mas é ativa. E está com saudade de casa. Em meio aos torcedores do Chivas estará Adilson Alves, 33 anos, colorado de Livramento, e que vive há uma década no México. Aqui, casou-se com Elsa Clementina e já tem dois filhos, Alan Efren, nove anos, e Adilson Júnior, de oito. Jamais voltou ao Brasil. Mas a final da Libertadores entre Inter e Chivas aproximou Adilson do Rio Grande uma vez mais. Chegou aqui como assador, importado por um dono de restaurantes que queria introduzir o churrasco gaúcho no México.
Trabalhou bem e um ano atrás fez-se dono de uma pastelaria, a Las Gostosas, no bairro residencial Arcos de Guadalupe. Vende pastel, xis (sim, como os nossos), coxinha e, é claro, espetinhos de picanha, lombinho e peito de frango. Nesta semana de decisão, está atendendo pilchado de colorado. O sócio, Alejandro Alvarez, torcedor do Chivas, nem se importou. Mas não quis apostar a vitória na Libertadores com Adilson.
— Só estou tocando músicas da Popular no restaurante. Vai ser assim até o jogo contra o Chivas — contou Adilson.
— Mas os clientes que torcem para o Chivas não reclamam?
— Eles entram, dizem que vão ganhar, já até fiz apostas com os mexicanos — diverte-se.
Apesar da confiança no título, o gaúcho aposta na força do Beira-Rio para o bicampeonato. Adilson assiste aos jogos do Inter pela Globo Internacional e também costuma ver o Chivas. Acredita em uma final complicada para o time de Celso Roth.