| 04/08/2010 00h12min
O vencedor do duelo entre Inter e São Paulo garante vaga na final da Libertadores e também no Mundial de Clubes, em dezembro, nos Emirados Árabes. Isso porque o Chivas, do México, venceu o Universidad de Chile por 2 a 0 na noite desta terça-feira, no Estádio Nacional de Santigo, e é o primeiro finalista da Copa Libertadores. Como o time mexicano não pode ficar com a vaga sul-americana no torneio da Fifa, o finalista brasileiro já está garantido no Mundial, sejá qual for o campeão.
Jogando com a vantagem conquistada no México, de onde trouxe um empate por 1 a 1, o Universidad de Chile começou a partida de maneira displicente. O time dirigido por Gerardo Pelusso, que tinha preparado uma grande festa com fogos de artifício para celebrar a classificação, pareceu subestimar os mexicanos. E acabou pagando um preço alto demais por isso.
Dois terços do primeiro tempo foram de completo domínio do Chivas. O trio de ataque formado por Fabián, Bautista e Omar Bravo encontrou muitos espaços para trabalhar, sobretudo pelo lado direito da defesa chilena. Em menos de 10 minutos, o Chivas criou duas oportunidades reais de gol, ambas com Fábian, o centro técnico do time mexicano.
Tamanho domínio mexicano fez do goleiro Miguel Pinto o protagonista do jogo. Para o bem e para o mal. Aos 13, Bautista recebeu de calcanhar de Omar Bravo e chutou forte, para grande defesa do chileno. Um minuto depois, foi Bravo quem recebeu livre dentro da área e chutou cruzado, mas Pinto salvou. Até que, aos 22, Xavier Báez arriscou sem pretensão de fora da área, o goleiro tentou encaixar mas acabou levando um frango.
O gol fez a torcida chilena perder a paciência com o time e acordou a equipe. Conduzido por Montillo, que após a Libertadores vai jogar no Cruzeiro, o Universidade se atirou para o ataque e acertou duas bolas no travessão. A primeira aos 34, após um lindo chute de três dedos Contreras. E depois aos 37, em cabeçada de Olarra, que se aproveitou de um ponto fraco do time de José Luis Real: a bola aérea.
No segundo tempo, o time chileno voltou com Rivarola no lugar de Contreras. Mas o panorama do jogo não se alterou: o Universidade continou desorganizado e o Chivas seguiu mandando no jogo. Logo aos 6 minutos, Miguel Pinto evitou o segundo gol após troca de passes de Omar Bravo e Fabián. Mas o goleiro nada pôde fazer quatro minutos depois, quando Jhonny Magallón subiu livre na área para ampliar de cabeça.
Com 2 a 0 no placar, o time mexicano nitidamente passou a tocar a bola, esperando o tempo passar. O Universidade, que precisava de três gols para se classificar, lutou até os minutos finais, mas no fundo sabia que não tinha a menor chance de reverter o resultado. Primeiro porque o time mexicano foi muito superior, tanto técnica como fisicamente. Não chega a colocar medo, mas também não pode ser subestimado por Inter ou São Paulo como fizeram os chilenos.
CLICESPORTESGols: Xavier Báez (C), aos 22 minutos do primeiro tempo, e Jhonny Magallón (C), aos 10 do segundo.Cartões amarelos: Juan Olivera (U); Omar Bravo e Edgar Mejía (C). Arbitragem: Sergio Pezzotta, auxiliado por Roberto Reta e Gustavo Esquivel (trio da Argentina). Estádio: Nacional, em Santiago (Chile). | |
UNIVERSIDAD DE CHILE (0) | CHIVAS GUADALAJARA (2) |
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Miguel Pinto; Matías Rodríguez, Rafael Olarra (Eduardo Vargas), Mauricio Victorino e José Rojas (Ángel Rojas); Felipe Seymour, Manuel Iturra, José Contreras (Diego Rivarola) e Walter Montillo; Edson Puch e Juan Manuel Olivera. | Luis Michel; Mario De Luna, Héctor Reynoso, Jhonny Magallón e Miguel Ponce; Xavier Báez, Patricio Araujo, Edgar Mejía e Marco Fabián (Escalante); Adolfo Bautista (Dávila) e Omar Bravo (Vásquez). |
Técnico: Gerardo Pelusso. | Técnico: José Luis Real. |