O que se pode esperar do Brasil (pentacampeão mundial e primeiro do ranking da Fifa) contra a Coreia do Norte (105º no ranking, mais de 40 anos sem disputar uma Copa)? Claro que tudo pode acontecer no futebol. Claro que nem sempre vence o melhor, como bem lembrou ontem o técnico Kim Jong-Hun, numa tentativa evidente de desconcentrar os adversários poderosos. É a zebra desafiando o leão. Mas, na vida selvagem, a zebra não luta com o leão. Foge dele. E o leão, até por uma questão de sobrevivência, é obrigado a devorar suas presas. A Seleção Brasileira não pode sequer pensar em outro resultado que não seja uma vitória folgada e convincente sobre a desconhecida Coreia hoje.

Outras feras

A Holanda estreou contra um adversário forte, a Dinamarca, e venceu por 2 a 0. Mostrou por que está sem perder há quase dois anos: é uma equipe organizada, paciente, que marca como nenhuma outra, e chega com facilidade na frente. Gira em torno do cerebral Sneijder (foto), da Inter, de Milão. Ele comanda o time, retém a bola quando é necessário, dá boas assistências e também conclui. O segundo gol holandês, ontem, resultou de uma enfiada maravilhosa do baixinho para seu companheiro Elia, que desviou do goleiro dinamarquês. A bola bateu na trave e voltou para Kuyt concluir para as redes. Sneijder foi escolhido o melhor em campo pela Fifa.

Má largada

Como sempre, a Itália largou mal, com um empate contra o Paraguai. Mas não quer dizer nada. Também pegou um adversário relativamente forte. A Itália tem uma equipe renovada, mas experiente. E costuma engrenar no meio da competição. Gostei de ver Cannavaro, com 36 anos, correndo como um garoto.

Africanos

O jogo das 11h de hoje merece total atenção. Portugal tem brasileiros e tem o segundo melhor jogador do mundo. Costa do Marfim tem a melhor seleção da África. E os africanos ainda não conseguiram um resultado convincente, apesar da vitória de Gana sobre a Sérvia.