Parecia que iria ser um chocolate do Botafogo, mas o resultado final cravou o início da reação do Atlético-PR no Brasileiro, na noite desta quarta. Após estar perdendo por 2 a 0, o clube paranaense buscou forças para virar e venceu por 3 a 2, na Arena da Baixada, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

Nem sequer deu para fazer algum prognóstico sobre as atuações dos times e Túlio Souza já estava na maca. Ao levar entrada forte de Alan Bahia, o volante alvinegro caiu de mau jeito, lesionou o ombro esquerdo e deu lugar a Sandro Silva. Além da mudança aos três minutos, Edno já havia entrado de última hora na equipe e substituiu Caio, mas por opção de Joel Santana. O começo parecia guardar algo pior ainda para o Bota, mas Herrera mostrou que isso era só uma impressão.

Por ironia do destino, Sandro Silva iniciou a jogada rumo ao gol e a bola sobrou para Herrera marcar. Apesar do goleiro Neto ainda tentar, a vibração estava garantida, aos 11 minutos. Por balançar a rede, o atacante argentino fez o quarto gol no Brasileiro e empatou temporariamente na artilharia com Muriqui, do Atlético-MG e Roger, do Guarani.

Animado com a vantagem no placar, o Alvinegro se posicionou melhor em campo e dominou as ações no setor ofensivo. Para o Atlético-PR, restou apenas tentar explorar as bolas aéreas, especialidade de Paulo Baier. Por meio de alguns cruzamentos o clube paranaense até tentou correr atrás do prejuízo, mas a Estrela Solitária estava em noite de brilho e não demorou para ampliar o marcador.

Aos 24 minutos, Edno ganhou no corpo dos zagueiros rivais e serviu Lucio Flavio com categoria. De frente para o gol, o apoiador passou fácil na marcação e arrematou. Na mente dos torcedores alvinegros, as lembranças das goleadas aplicadas no Atlético-PR em 2006 e 2008 na Arena da Baixada certamente vieram na cabeça, mas Paulo Baier logo tratou de diminuir a vantagem rival.

Em momento de relaxamento da defesa alvinegra, Paulo Baier entrou pelo meio da área e sem marcação, bateu na saída de Jefferson. Apesar do gol sofrido, o Botafogo continuou com o pensamento ofensivo e criou diversas oportunidades de ampliar. Na última parte do primeiro tempo, o principal nome no gramado foi Neto, que salvou a pele do Rubro-Negro em pelo menos duas oportunidades. Quando o goleiro não apareceu, Herrera quase fez mais um, mas foi desarmado pela zaga.

Ao contrário da primeira etapa, o Atlético-PR foi efetivo na bola parada. Aos três minutos, Paulo Baier colocou a bola na gaveta após cobrança de falta. Era o início sonhado pelo clube paranaense, que fez o Alvinegro perder a cabeça. Fahel fez falta em Maikon Leite e recebeu o segundo amarelo na partida, para decepção da torcida alvinegra, que via a vantagem cair por terra de vez.

A virada do Atlético-PR era questão de tempo e da expulsão de Fahel, aos 8 minutos, para o terceiro gol rubro-negro, demoraram apenas 6 minutos. Acuado no campo defensivo, o Botafogo não foi páreo para o fôlego de Alex Mineiro, que havia acabado de entrar em jogo. Na entrada da área, o atacante finalizou sem jeito, mas a bola bateu em Fábio Ferreira, atrapalhou Jefferson e morreu no fundo da meta. A virada estava consumada, para delírio da torcida na Arena da Baixada.

Abatidos com o resultado negativo, os jogadores do Botafogo não conseguiram criar em busca do empate e de quebra, sofreram com o nervosismo. Apesar de algumas oportunidades para deixar tudo igual, os vacilos tornaram o sonho em completo pesadelo. No fim, Wellington e Wagner Diniz ainda foram expulsos, mas o placar estava definido. Virada para dar forças ao Furacão.

LANCEPRESS