| 02/06/2010 06h11min
Segundo o técnico Silas, Douglas ainda sente dores que o impedem de jogar. Hugo, como atacante, não dá. Seria mexer demais no time. Isso para Silas, bem entendido. Como Douglas dificilmente terá condições, só resta escalar Hugo como o homem mais avançado do meio-campo. Na frente, sem Borges (lesionado) e Jonas (suspenso por dois jogos pelo STJD), o jeito é ir de William e Roberson (Bergson foi convocado para a seleção sub-19).
Perguntinha: é obrigatório que seja assim contra o ardiloso Atlético-MG de Wanderley Luxemburgo no Olímpico, amanhã? Não há outra alternativa para qualificar o ataque na ausência dos titulares? Claro que sim. Basta acrescentar um outro elemento aí: Mithyuê.
Pode ser troca simples por William, no ataque. Ou no lugar de Douglas, empurrando Hugo para frente ao lado de Roberson. O fato é que existe outra solução. Mais ousada, mais inventiva, menos burocrática, menos teimosa. Silas mostrou coragem ao escalar Neuton na lateral-esquerda no Gre-Nal, diante da impossibilidade de Fábio Santos. Deu certo, como se sabe.
Mithyuê sempre deu boa resposta quando chamado. Passou alguns dias com o joelho inchado, mas já está treinando normalmente.
Quem acompanhou o treino de ontem afirma que o jogador trazido do futsal pelo Grêmio arrebentou. Se movimentou com naturalidade. Marcou gol no trabalho com campo reduzido. Em vez de insistir com William, o melhor é buscar alternativa nova, capaz de oferecer variações mais interessantes. Tanto no jogo quanto durante um campeonato longo como o Brasileirão.
O Grêmio só tem a ganhar se afirmar Mithyuê. É um dos raros jogadores que podem, em um futuro próximo, alcançar o seleto patamar dos diferenciados. Ferdinando, por exemplo, nunca chegará lá. Nem Edílson, muito menos Joílson.
Estes são cumpridores, ajudam a equipe, são eficientes, mas nunca passarão disso. Mithyuê, não. Este pode ser um grande camisa 10. Mas para ter certeza só tem um jeito: deixando-o jogar. Se não for quando os titulares estiverem suspensos ou lesionados, quando será?
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