| 23/05/2010 15h56min
Ela começou assistindo à prova em 2001 e gostou. No próximo domingo, dia 30, Mariana Borges de Andrade, 23 anos, será uma das triatletas de elite que competirão na 10ª edição do Ironman Brasil, para desafiar os próprios limites, como o tempo do ano passado, quando estreou na principal categoria.
Em 2009, Mariana finalizou na 12ª colocação, com o tempo de 10h32min. Foi o recorde entre os atletas catarinenses. Esse ano, a triatleta, natural de Florianópolis, que pensava em ser tenista profissional e se apaixonou pelo esporte dos homens de ferro, quer superar o próprio recorde com uma meta ousada: baixar o tempo em 32 minutos.
— Se eu fizer abaixo da casa dos 10 minutos, fico entre as 10 primeiras colocadas — justifica.
Mariana começou a praticar o triatlo aos 15 anos, após a edição de 2001, vencida pelo argentino Eduardo Sturla. Iniciou com provas curtas, conhecidas como Short Triatlon, com distâncias bem inferiores ao Ironman, onde se aventurou pela primeira vez em 2007, após ganhar a inscrição da Federação Catarinense de Triatlon. Competiu na categoria 18 a 24 anos, e foi vice-campeã. Em 2008 não disputou a prova, mas incentivada pela Federação no ano passado, obteve o 12º lugar, na elite.
— Nesses anos não fiz trabalhos específicos para a prova _ conta Mariana, agora formada em Educação Física.
Para 2010, a situação é bem diferente. Desde o dia 1º de fevereiro, Mariana tem seguido à risca as orientações de um nutricionista e de um professor de Educação Física. Treina de segunda à segunda e procura "encaixar" as atividades nos espaços dos compromissos profissionais como personal trainer e instrutora de Pilates.
— Agora faço muito treino de fundo, onde a frequência cardíaca é menor. Para o triatlo curto, é diferente, é mais intenso, e o coração sai pela boca o tempo todo — explica.
A especialidade de Mariana é o ciclismo, mas ela pratica cada uma das três modalidades quatro vezes por semana. São duas horas de natação, diárias, na piscina do Lira, além das águas de Jurerê aos sábados para se acostumar com a correnteza. A triatleta ainda pedala de duas a seis horas na SC-401 e corre na Avenida Beira Mar Norte, por uma a duas horas.
— Combino duas modalidades por dia, no sábado faço os três, e no domingo pedalo — relata Mariana, que tem a companhia dos colegas da equipe Royal Triathlon.
Para conseguir superar os próprios limites, Mariana tem uma receita simples: dosar bem a prova.