| 17/05/2010 16h48min
Tudo bem que o Grêmio vai para a Vila todo destroçado na defesa, justamente no setor encarregado de frear o ímpeto da molecada do Santos. Victor parece deprimido e sem vontade, o miolo da zaga é medonhamente reserva e nem lateral-esquerdo há.
Sem Rodrigo, Mário Fernandes e Neuton o técnico Silas vai ter que quebrar a cabeça para ajeitar o time do meio para trás. Especialmente porque na quarta-feira o Santos terá Neymar, ausente no Olímpico.
Só tem o seguinte. E o outro lado? O Santos ainda é uma máquina, mas anda mostrando sinais de falha no motor. O Grêmio não está proibido de ir lá e ao menos empatar.
Se o Ceará — isso mesmo:o Ceará — arrancou um empate em 1 a 1 na Vila pelo Brasileirão, domingo, e ainda foi prejudicado pela arbitragem, qual o drama de o Grêmio avançar à final da Copa do Brasil?
O Grêmio com três desfalques é pior do que o Ceará completo? Não é, claro que não é. Nem é preciso vencer. O empate basta. Se o Grêmio repetir o Ceará, o Santos está fora. Com Robinho e tudo.
O próprio técnico Dorival Júnior já admite que o Santos vem caindo de rendimento. Que anda tendo mais dificuldades para se defender, daí a quantidade impressionante de gols sofridos. No do Ceará, domingo, o atacante fez o gol sem ninguém a perturbá-lo, assim como ninguém incomodou o cruzamento que partiu da direita.
O Grêmio está com a defesa em frangalhos, mas do meio para frente só tem a melhorar com a volta de Maylson. Além dos gols de Borges e Jonas, agora ganhará o chute de média e longa distância de um jogador que sabe perseguir atacantes e armadores como um doberman.
O Grêmio está pessimista demais, lamentando demais os seus desfalques, chorando demais sobre o leite derramado.
É difícil. Sempre é, na Vila.
Mas não é uma causa impossível.
Impossível foi aquela virada no Olímpico.
E se o impossível aconteceu, imagine o possível.