| 14/05/2010 13h12min
Quem costuma jogar xepas de cigarro, papéis de bala, panfletos, latinhas de refrigerante ou qualquer outro tipo de lixo no chão, está contribuindo com os constantes alagamentos em Joinville.
Mesmo que equipes de limpeza trabalhem na varrição das calçadas em dois turnos nas ruas da região central da cidade, a chuva não tem hora marcada, e boa parte do lixo tem um destino certo: as bocas-de-lobo, córregos e rios da cidade. Uma xepa de cigarro parece pouco, mas o volume do lixo acumulado é espantoso.
Só as equipes da Secretaria Regional do Centro retiraram, no ano passado, mais de 70 toneladas só de lixo, de 1.460 bocas-de-lobo. Material suficiente para encher sete caçambas de caminhão. E como o lixo dificulta o escoamento dos detritos que, naturalmente, já são carregados pela chuva, como areia e lama, o efeito é ainda mais danoso.
É claro que o lixo não é o principal, nem o único fator responsável pelas cheias na cidade. Basta a maré subir para ruas do Centro, como a Itajaí, ficarem cobertas por água.
E se o pico de maré coincidir com chuva intensa, aí mesmo que o Centro fica embaixo d'água por algumas horas, porque o nível do rio Cachoeira sobe e a água proveniente das bocas-de-lobo não tem como escoar, como aconteceu no último dia 26 de abril.
Mas a secretária regional do Centro, Rocheli Grendene, afirma que o resultado da limpeza das bocas-de-lobo, que teve início no ano passado, já pode ser observado.
— Antes, o nível da água chegava a 80 centímetros, em alguns pontos do Centro. Este ano, não ultrapassou 30 centímetros, e o tempo para essa água baixar também diminuiu —, afirma.
Equipes da Secretaria Regional do Centro de Joinville, no ano passado, mais de 70 toneladas só de lixo, de 1.460 bocas-de-lobo
Foto:
Salmo Duarte