| 07/05/2010 09h22min
Às vésperas da estreia do Figueirense na Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico Márcio Goiano abriu as portas do apartamento onde mora, no Bairro Bom Abrigo, e falou de sua expectativa para a competição. Treinador do clube desde a sexta rodada do Turno do Estadual, ele disse em entrevista ao Diário Catarinense que está bastante otimista e revelou os motivos que o fazem acreditar no retorno do Alvinegro à elite do futebol nacional. A estreia é neste sábado, dia 8, fora de casa, contra o São Caetano. Confira abaixo os principais trechos da conversa.
Diário Catarinense – O que esperar do Figueirense na Série B?
Márcio Goiano – Estou bastante otimista. Desde que assumi foram 15 jogos, e o grupo evoluiu e cresceu muito. Sabemos que vamos encontrar equipes mais equilibradas agora, mas tenho um parâmetro muito positivo que foi o último jogo, contra o Avaí. Achei que o time jogou bem.
DC – Qual o ponto forte?
Goiano – O fato de ser um time leve, rápido e alegre. Fico satisfeito, mas essas qualidades também me dão desconforto na questão de segurança defensiva. Todo mundo tem que estar ligado para não deixar o adversário solto, senão podemos pagar caro.
DC – O Figueirense pode ser considerado um dos principais candidatos ao acesso?
Goiano – Existe essa expectativa, e a nossa, claro, é estar entre os quatro. Pelo histórico que tem, o Figueirense é colocado como uma das equipes fortes para chegar à Série A. Mas não temos só que achar que vai acontecer. Temos que fazer acontecer.
DC – Após o Estadual chegaram quatro reforços, todos jovens. A ideia não era dar um pouco de experiência ao grupo?
Goiano – Sim. Falamos muito sobre isso, mas queremos um jogador com experiência e que tenha comprometimento dentro de campo. Alguém que abrace o grupo e chegue para ser titular.
DC – Hoje, quem faz esse papel?
Goiano – Temos o Fernandes, o Bilu e o Wilson, que é jovem, mas tem um respeito muito grande pelo que já conquistou no clube. Acredito que o Nicácio também pode agregar isso porque é um jogador respeitado na Série B pelo histórico que tem.
DC – Quem não for aproveitado pode aparecer na Copa SC?
Goiano – Pode, dependendo da situação. A vaga na Copa do Brasil fez com que a Copa SC ficasse importante para o clube, mas nosso foco principal é a Série B. Vamos avaliar bem, porque envolver um jogador que está jogando o Brasileiro na Copa pode não ser legal, pelo desgaste.
DC – Você ganhou dois auxiliares, Abel Ribeiro e Benevan dos Santos. Estava contando com isso?
Goiano – Sim. É normal ter um auxiliar do clube e um auxiliar técnico. É bom porque a gente desabafa, troca ideias. É importante porque tenho dúvidas. Ouço e procuro fazer o que minha consciência manda.
DC – Durante o processo de mudanças no clube, passou pela sua cabeça não permanecer?
Goiano – Não, porque logo depois do clássico fizemos uma reunião de planejamento. Eu estava tranquilo.
DC – O que dizer à torcida?
Goiano – Estou muito feliz com a resposta do torcedor. Espero que a torcida continue apoiando.
DC – Qual o planejamento para conseguir o acesso?
Goiano – A média das equipes que se classificaram nos últimos anos ficou entre 54% e 57%. Coloquei uma meta de 60%. É uma exigência grande, mas se conseguirmos dá para ficar tranquilo entre os primeiros.
DC – Conseguir uma largada boa faz parte dessa meta?
Goiano – Claro. Vamos disputar 21 pontos antes da parada para a Copa e queremos vencer, principalmente em casa. O Atlético-GO, no ano passado, empatou com o Vasco, perdeu para a Portuguesa e ganhou todos os outros em casa e chegou ao objetivo. Isso prova que em casa tem que ser quase 100%. Vejo um equilíbrio grande e espero que o Figueirense esteja entre os quatro primeiros.