| 29/04/2010 07h41min
Na condição de inimigos cordiais, Rodrigo, Leandro, Hugo e Borges irão se reencontrar com Muricy Ramalho hoje à noite, no Maracanã. Foi sob o comando do agora técnico do Fluminense que os quatro jogadores obtiveram as maiores conquistas da carreira. A partida abre a etapa de quartas de final da Copa do Brasil.
A admiração dos jogadores pelo treinador ultrapassa o lado profissional. Basta conferir o depoimento de Leandro, campeão brasileiro pelo São Paulo em 2006 e 2007, antes de transferir-se para o Japão.
— Muricy é como um pai para mim. Mas só desejo boa sorte a ele no Brasileirão, não na Copa do Brasil — brinca o meia.
Indicado por Muricy, Hugo trocou o Olímpico pelo Morumbi no início de 2007. Ainda hoje é lembrada a cena, ocorrida no Olímpico, após um jogo entre Grêmio e São Paulo, pelo Brasileirão de 2006, em que o goleiro Rogério Ceni praticamente convidou o meia para atuar pelo clube paulista.
— Foi pelo que ele fazia com a gente em jogos decisivos que aquele time ganhou tantos títulos — atesta Hugo, bicampeão pelo São Paulo em 2007 e 2008.
Também é este o raciocínio do zagueiro Rodrigo, campeão em 2008. Para ele, “Muricy tira o máximo de cada jogador”.
Borges é o mais comedido nos elogios. Possivelmente, por ter enfrentado problemas com o técnico no ano passado. Muitas vezes, ficou na reserva de Washington. Ainda assim, diz tratar-se de um vencedor.
Muricy retribui, exaltando as qualidades do centroavante, “um cara muito perigoso, que conhece o caminho do gol”.
Com lesão no ombro esquerdo, Mário Fernandes foi vetado pelo DM e será substituído por Ozéia. Aos 28 anos, o zagueiro jogou apenas uma vez no Maracanã, em 2007, pelo Coritiba. Um dos encarregados de marcar o goleador Fred, ele não esconde sua preocupação com a tarefa.
— Tem que marcar em cima, não dar espaço para ele pensar. Ele é um finalizador nato — afirma.
Leandro: "Muricy é como um pai para mim. Mas só desejo boa sorte a ele no Brasileirão, não na Copa do Brasil"
Foto:
Tatiana Lopes