| 09/12/2000 12h22min
A expectativa no último dia do AveBrazil, em Chapecó, no Oeste catarinense, é de um novo rumo para a posição do governo local de não aceitar a liberação do comércio de carne bovina gaúcha para todos os Estados. O Ministério da Agricutlura deu o sinal verde para a venda, quebrando um jejum de mais de cinco meses sem comércio do produto, pós-retorno da febre aftosa ao Rio Grande do Sul. O secretário Nacional de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos Oliveira, deve ter uma conversa com o secretário de Agricultura catarinense, Odacir Zonta, sobre a polêmica das barreiras. Oliveira falou há pouco que o governo federal está negociando com a União Européia (UE) a retirada de restrições sanitárias à produção brasileira. Em fevereiro, uma comitiva da UE deve vir ao país para intensificar a troca de informações dentro do processo de abertura de novos mercados lá fora. Pelos menos 3,5 mil pessoas estão participando do último dia do AveBrazil, em Chapecó, no oeste catarinense. As autoridades participantes dizem que o evento, que conta também com uma mostra de produtos, tecnologias e serviços, reforça a região dentro do cenário de produção avícola do país. Durante a manhã, os produtores visitantes conheceram os pavilhões da mostra, que revela as últimas novidades do combate a doenças dos anmais e dietas nutricionais. A palestra da manhã indicou a importância desse setor produtivo que gera 2 milhões de empregos no Brasil. O governador Esperidião Amin chegou ao meio-dia a Chapecó. A expectativa é que Amin anuncie ou se posicione sobre novos incentivos para o setor, principalmente para reduzir a alta carga de tributos, criticados durante o AveBrazil. A União Brasileira de Avicultura (UBA) traçou uma estratégia par evitar a superoferta do produto no mundo. O atual plantel de 270 milhões de aves é indicado como nível ajustado às metas de crescimento de 4% para 2001 e de 6% a 7% no mercado externo.
GUARANY PACHECO E DARCI DEBONA/CLICRBS