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 | 17/04/2010 05h10min

Decisão na Libertadores começa contra o Pelotas

 





Compreende-se o fato de que a Libertadores é mais importante, para o Inter, do que o Gauchão. É isso mesmo. Faria sentido escalar um time totalmente reserva na final da Taça Fábio Koff, contra o Pelotas. Ainda mais levando-se em conta que o jogo contra o Deportivo Quito, em casa, ganhou contornos de risco depois do empate com o lanterna Emelec, no Equador.

Só tem o seguinte: se o Inter for eliminado pelo Pelotas em pleno Beira-Rio e ficar alijado da decisão do Campeonato Gaúcho o ambiente para o enfrentamento da Libertadores vai ficar horroroso.

O desgaste junto a torcida não seria muito maior? Os próprios jogadores não ficariam com a confiança perigosamente abalada antes de um jogo decisivo, que pode definir até a classificação para as oitavas de final? O tiro não poderia sair pela culatra? Não queria estar na pele dos dirigentes do Inter para decidir.

Sempre defendi que a Libertadores deve ser privilegiada acima de tudo pelos clubes brasileiros. Por razões óbvias de importância e projeção mundial, o menor detalhe da Libertadores precisa prevalecer sobre a mais fundamental abrangência de um torneio regional.

A questão do Inter é curiosa: eliminar o Pelotas virou, por força do contexto criado pela sua própria incompetência, algo fundamental para o Inter vencer o Deportivo Quito, na quinta-feira.

Diante da incapacidade dos titulares de praticar bom futebol, talvez  seja menos importante o risco de perder alguém do que criar um ambiente favorável, no vestiário e aos olhos do torcedor, para vencer os equatorianos e chegar em primeiro lugar no Grupo 5, sonhando com boas chances de decidir mata-matas em casa.

O melhor para o Inter, neste momento de instabilidade, é ganhar bem do Pelotas e esperar o Deportivo com o moral elevado e em paz com a torcida.

Se o técnico Jorge Fossati escalar os titulares neste domingo, tendo quatro dias para recuperar o cansaço de um jogo difícil, não estará errado.

Por um motivo: o título da taça Fábio Koff e a vaga na final do Gauchão serão produtivos para o que realmente interessa: a Libertadores.
 

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