| 06/04/2010 23h52min
O clássico do dia 24 de março, entre Avaí e Figueirense, na Ressacada, teve um final feliz para os dois clubes. Acusado pela Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), com base nas imagens e súmula do jogo, o Avaí escapou da punição mais dura: a perda de mando de campo pelo lançamento de dois foguetes no gramado nos acréscimos.
Quatro dos cinco auditores da primeira Comissão Disciplinar do TJD absolveram o clube e estipularam como pena o pagamento de R$ 5 mil pelo fato ocorrido. Já o volante Jeovânio, do Figueirense, denunciado em três artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por prática de jogada violenta e provocação de atletas e torcida adversária, acabou absolvido por unanimidade.
A prova apresentada pelo procurador Robson Vieira serviu de álibi para o Alvinegro, pois as imagens mostradas deixaram claro que Jeovânio não fez qualquer provocação.
— A procuradoria facilitou o trabalho das defesas. A prova
contra o Jeovânio foi risível — afirmou o
advogado do Figueirense, Rodrigo Titericz.
O árbitro Luiz Orlando de Souza, que corria o risco de pegar até 360 dias de suspensão, deixou o tribunal dividido, mas por 3 votos a 2 acabou sendo absolvido:
— Saio daqui com a certeza de que fiz a coisa certa — salientou.
Pela suposta rixa entre jogadores das duas equipes ao término do confronto, os auditores decidiram aplicar multa no valor de R$ 1 mil para cada agremiação.
— Estamos 50% felizes e 50% contrariados. O valor da multa de R$ 5 mil não está de acordo com o que o CBJD aplica. Vamos recorrer — destacou o advogado do Avaí, Sandro Barreto.
O técnico Péricles Chamusca e o volante Batista também foram absolvidos. Apenas o meia Caio e o zagueiro Rafael receberam advertência, a qual não os impedirá de atuar nos próximos jogos do Leão. O procurador Robson Vieira informou que vai avaliar as decisões, especialmente as que dizem respeito ao lançamento de objetos
no gramado, e poderá recorrer da decisão em até 72 horas.