| 07/12/2000 17h34min
O anúncio da liberação de venda da carne gaúcha para outros Estados não chegou a entusiasmar o diretor do frigorífico Extremo Sul, José Alfredo Knorr. A decisão do Ministério da Agricultura, segundo Knorr, pouco irá refletir no volume de comercialização da empresa. Para Knorr, a demora na erradicação dos focos da doença vem acarretando na perda do mercado chileno, responsável pela absorção de cerca de 40% das exportações do setor frigorífico gaúcho. A liberação não alterou a rotina do Frigorífico Mercosul, em Bagé, na região da Campanha. Os negócios do Mercosul estão centralizados no Rio Grande do Sul e exportação para o Chile, Arábia Saudita e mercado europeu. O frigorífico vem tendo prejuízo com o reaparecimento da vaca louca na Europa, o que diminuiria o consumo de carne vermelha na Europa. A direção do Frigorífico Rio Guaíba, de Santana do Livramento, recebeu a notícia da liberação da venda de carne para os outros estados brasileiros com entusiasmo contido. O diretor da empresa, Cesar Luis Sbaraini, alegou que o preço do gado gaúcho é o mais caro do país, dificultando na retomada dos clientes perdidos com a crise da aftosa desde o mês de agosto.