| 19/03/2010 09h27min
Apesar de ter feito o gol da vitória histórica sobre o Atlético-MG, na quarta-feira, o lateral Sagaz ainda não é reconhecido nas ruas de Chapecó. Não é para menos. O jogador, que nem foi relacionado no Primeiro Turno do Estadual, tem apenas 19 anos e é titular há quatro jogos.
— Muitos torcedores cumprimentaram o Grolli (júnior da Chapecoense) pensando que era eu — revelou a nova estrela do Verdão, referindo-se ao colega de apartamento.
Mas se nas ruas da cidade ninguém ainda dá importância ao garoto, na arquibancada do Índio Condá, quarta-feira, havia duas pessoas que apostavam em um gol de Sagaz.
— Pensei que seria de falta — contou o pai, o advogado Márcio Sagaz, que, com a mulher, Eliane, fez 530 quilômetros desde Itajaí para ver o filho.
Ambos machucaram as pernas nas cadeiras ao festejar o gol.
— Eu não via eles, mas sabia que estavam lá — disse o jogador.
Sagaz teve que largar a
faculdade de Direito, na Univali, e deixar a namorada, em Itajaí, para ir
jogar em Chapecó, em maio de 2009. Ele tinha atuado alguns minutos em três partidas do Catarinense de 2008, pelo Marcílio Dias, com o técnico Mauro Ovelha. Foi ele quem o levou para Chapecó, com Breno e Wilsinho.
Quem deu a primeira chance foi o treinador Suca. Antes da partida contra o Avaí, com os laterais João Rodrigo e Rony lesionados, Suca improvisou o meia dos juniores na lateral. Deu certo. Na primeira partida, Sagaz cobrou uma falta que resultou no gol de Filipe, na derrota por 3 a 1.
Sagaz foi vice-campeão do Moleque Bom de Bola, em 2004, atuando pelo Centro de Educação Camboriú.
A meta dele, agora, é ajudar a Chapecoense a sair do rebaixamento. E, de novo, terá a força dos pais na arquibancada do Estádio Augusto Bauer, domingo, em Brusque.